Marcos César Alves Silva
Analista de Correios Senior
O texto a seguir foi produzido especialmente para os empregados dos Correios.
Na vida de uma empresa como a ECT, é natural que em determinados momentos sejam feitas mudanças organizacionais como, por exemplo, reestruturações, criações e extinções de órgãos. Isso faz parte da dinâmica organizacional e, em geral, trata-se de medidas realmente importantes para a sustentabilidade da empresa.
Nestes momentos, porém, há efeitos sérios a considerar para as pessoas e isso nem sempre é levado em conta, ou, se é levado, não é devidamente tratado e comunicado às pessoas. O resultado imediato é a resistência das pessoas às mudanças e sua insatisfação.
As pessoas são muito importantes em qualquer organização, mas em algumas como a ECT são fundamentais. Logo, as mudanças organizacionais na Empresa, para serem bem sucedidas, precisam ser precedidas de um trabalho cuidadoso de sensibilização e de esclarecimento, principalmente junto aos trabalhadores que serão diretamente afetados. Também necessária e importante é a atenção com a recolocação e o reaproveitamento dos trabalhadores em outros locais da Empresa, de acordo com suas competências, habilidades e histórico profissional. A eventual extinção ou reestruturação de um órgão não pode deixar empregados “órfãos” à busca de uma mesa, de um computador e de trabalho, como às vezes acontece. A Empresa deve institucionalmente cuidar muito bem disso, afinal estamos tratando do adequado aproveitamento do principal recurso da ECT – seus trabalhadores.
Neste contexto, uma das primeiras perguntas a serem respondidas num eventual processo de mudança organizacional é como se dará a recolocação e o reaproveitamento das pessoas envolvidas. Isso é importante para os trabalhadores, mas é também muito relevante para a Empresa, cujos gestores, em todos os níveis, devem estar sempre atentos ao melhor aproveitamento dos recursos sob sua supervisão, o mais importante dos quais são as pessoas.
Concordo plenamente com as colocações feitas. As empresas devem sustentar o crescimento, a prosperidade, mas com responsabilidade. Como pode uma empresa agir não alinhada aos seus valores? Quando se fala em respeito aos seus Empregados estamos nos referindo a transparência de atitudes e ações que venham a impactar diretamente na condição e no bem-estar profissional de cada colaborador. Comunicação franca e transparente, envolvimento e participação seriam atitudes necessárias para garantir e ratificar a confiança organizacional. Somente assim todos se sentirão responsáveis e engajados nos propósitos e objetivos propostos.
ResponderExcluirAs pessoas fazem escolhas. Conscientes ou inconscientemente as pessoas decidem quanto de si dedicarão ao trabalho de acordo com a forma como são tratadas. Inconseqüente ou incompetente é a empresa que ignora esse fato.
Maria Inês Capelli Fulginiti
O fundamental, a meu ver, em ocasiões de reestruturação, é oferecer definições claras. As pessoas sofrem com a mudança, e isto é inevitável, diante do quadro da mudança que se impõe. Mas sofrem muito mais com a indefinição do seu papel na mudança. A indefinição faz durar muito mais do que o razoável o sofrimento daquele que é compelido a mudar. Então, é importante, imperioso mesmo, pensar na alocação das pessoas no quadro pós-mudança. Meu órgão acabou! E agora? Para onde vou? É preciso oferecer rapidamente respostas para este tipo de indagação. Na verdade, é preciso ter essas respostas ANTES mesmo das perguntas serem formuladas, uma vez que a mudança está sendo feita, supostamente, de forma planejada. O desmantelamento recente das GEFINs nas Regionais deu mostras de como NÃO FAZER isto. O assunto arrastou-se durante MESES, com as pessoas sofrendo desnecessariamente à espera de uma definição.
ResponderExcluirAs mudanças têm acontecido quase que mensalmente, mas não estamos conseguindo perceber os reflexos positivos dessa situação. Muda um departamento, quando estamos entendendo a mudança começa tudo de novo. Mas a situação real da empresa não muda: faltam pessoas, os novos empregados não ficam, a situação operacional está caótica e a preocupação geral é com a maquiagem dos índices para parecer que está tudo bem. Mas não está! Elaine
ResponderExcluirTexto muito apropriado e retrata uma preocupação importante com o tratamento dos recursos humanos em uma empresa que passa por mudanças organizacionais.
ResponderExcluirSa há, de fato, preocupação com as pessoas responsáveis pela permanência de uma Empresa no mercado, de forma competitiva e rentável, torna-se inexorável ao processo de quanquer mudança esclarecimentos, ouvir os envolvidos, possibilitar o acesso as informações e flexibilizar ações no sentido de aproximar o indivíduo de sua capacitação, ou seja, aproveitar cada um naquilo para o que foi preparado. Como diria Ford, o homem certo no lugar certo tem muito mais chance de tonar-se cada vez mais produtivo, e, neste caso, o principal amálgama é a própria satisfação pessoal pelo sentir-se valorizado e respeitado. Para isso ainda não existe um índice de medição, mas com certeza os resultados rapidamente serão percebidos.
ResponderExcluirMarcos, acompanho sempre as suas publicações como agora falando sobre greve e essa materia entitulada mudanças & pessoas, concordo com as suas idéias, mas é preciso que a ECT lute por nós funcionários. Veja a questão do (RI) curso para Técnico de Correios junior, o sindicato colocou impedimento e a empresa aparentemente acatou, só nos resta agora contar com uma inteligência brilhante de pessoas como voce.
ResponderExcluir