"Quais as consequências de não atualizar os preços dos serviços dos Correios?"
Uma das atribuições do Conselho de Administração é aprovar os novos preços dos serviços postais, para submeter a proposta ao Ministério das Comunicações, que, por sua vez, encaminha a proposta ao Ministério da Fazenda.
A atualização dos preços dos serviços postais é fundamental para manter a saúde financeira dos Correios, pois os recursos adicionados servem para equilibrar as receitas ao aumento dos custos e para possibilitar os investimentos na modernização da Empresa.
Várias situações levam ao aumento dos custos de produção dos Correios, tais como: a) a expansão das áreas de entrega, para levar o serviço postal a mais localidades e a entrega postal a mais endereços que surgem com o crescimento das cidades; b) a ampliação das linhas de transporte, atualização e aumento da frota de veículos; c) a atualização e aumento dos salários; d) o aumento do número de profissionais do quadro permanente; e) a automação e informatização das operações; dentre outros.
Como todos sabemos, a Empresa trabalha com margens apertadas. Assim, quando chega o momento de reajustar os preços não se pode perder tempo. Nesse sentido, o Conselho de Administração aprovou em 29/05 as novas tarifas para os serviços de carta, cartão postal, FAC e malote. Após isso, o tema seguiu para o Ministério das Comunicações e de lá para o da Fazenda, onde se encontra desde então. Essa demora tem como implicação direta a perda, nestes quase cinco meses, de mais de 200 milhões de Reais de receita para os Correios.
Essa inércia do Governo Federal implicará perdas irrecuperáveis para o resultado da Empresa neste ano e, por consequência, redução da PLR de 2013 a ser paga em 2014.
No Conselho, permaneceremos apontando enfaticamente o problema, afinal cabe a todos os conselheiros zelar pela sustentabilidade da Empresa. Precisamos cobrar mais atenção para este assunto do Ministério das Comunicações e do Ministério da Fazenda.
Prezados boa tarde,
ResponderExcluirExiste algum prazo legal para:
1) Apresentação desta aprovação de novos preços?
2) Existe prazo para retorno de aprovação ou negação desta proposta de reajuste?
Pergunto pelo seguinte motivo: Se foi nós, Correios, que demoramos os responsáveis tem de ser orientados, ou dependendo da situação, responder administrativamente pelo prejuízo causado - Do contrário caso exista um prazo legal para o Governo nos responder, nós, e quando digo nós entenda-se ECT, não pode entrar com uma ação para que o Governo reponha ou que se reduza a parcela repassada ao Governo de nossos lucros a fim de equiparar o valor do prejuízo?
Sei que estamos falando de uma Empresa Pública x Ministérios das Comunicações - este que também é por vezes responsável politicamente pela indicação do Presidente da ECT, porém, acredito que nós funcionários não temos que arcar com perdas financeiras por conta de camaradagem entre Órgãos da Administração Pública - Se houve prejuízo este deve ser reposto pelo que o causou independente do nível de Governo que falamos.
João Paulo
Não há prazo definido para a aprovação de uma proposta de reajuste de tarifas. Talvez devesse haver, como ocorre em alguns outros países onde o órgão regulador tem um prazo (30 dias por exemplo) para se manifestar sobre uma proposta e, no caso de não se manifestar, o reajuste é considerado aprovado. Evitaria situações como a atual em que já vamos para o 5º mês sem o devido reajuste.
ResponderExcluirMe recordo que em anos anteriores os reajustes ocorriam no mês de abril ou maio. Realmente, me estranhou o fato de não ter acontecido o reajuste ainda.
ResponderExcluirSe formos observar bem, custo de vida, de materiais, enfim, todo a cadeia de custo que envolva direta e indiretamente a ECT sofreu aumento nos últimos 18 meses. Portanto, é inadmissível que as tarifas não acompanhem a tendência do mercado em expansão. Seria o caso de congelamento de preços ou pessoas despreparadas à frente da Empresa? Ou tem a ver com a Consultoria Falconi?
Além do mais, podemos observar que o nosso patrimônio Postalis está sendo "tomado de assalto". Um rombo quase bilionário assusta até os especialistas, que acreditam que sejam necessários 10 anos para zerar o déficit atual, isto é, se não surgirem outros déficits nesse caminho.
http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1047/noticias/faltou-1-bilhao?page=2
Além do aumento de tarifas, A empresa precisa preocupar-se com seus gastos, e nesse ano de eleições a coisa tende a descontrolar-se.
ResponderExcluirO aumento dos preços pode provocar uma redução, relativamente, maior na quantidade demandada por mensagens, que por sua vez fará com que a receita de vendas diminua, caso a demanda seja elástica (sensível ao preço). A demanda pelo serviço de FAC (extratos, boletos e faturas) está cada vez mais elástica, pois já existe uma série de serviços substitutos, tais como: DDA, débito automático, SMS, e-mail e internet.
ResponderExcluirRicardo Aurélio de Araújo Arruda
ricardoaurelio@correios.com.br