As notícias veiculadas pela imprensa nos últimos dias sobre o POSTALIS motivaram muitos colegas a me escreverem, encaminhando ponderações, sugestões e críticas.
Como ocorre com eles, também me preocupo ao tomar conhecimento de fatos como os reportados. Estou há poucos anos de alcançar a idade mínima estabelecida para usufruir da complementação de aposentadoria do POSTALIS e me inquieto com a perspectiva de que, ao chegar o momento, encontre um quadro muito diferente do que esperava em termos de benefício, em decorrência de descontos ou reduções para cobrir déficits atuariais e perdas financeiras.
Para os que perdem o sono pensando nesse assunto, informo que me encontro no grupo. Estou muito preocupado, afinal vi o POSTALIS nascer, ouvi dos líderes da época que teria a garantia de recebimento integral de minha remuneração quando me aposentasse mais de 30 anos à frente, não tive opção à época de não aderir ao POSTALIS e tampouco tive alternativa ao saldamento que ocorreu anos à frente com o plano de benefício definido.
Nestes mais de 30 anos, torci muito para que nosso plano tivesse sucesso. Assisti admirado ex-colegas do Banco do Brasil, onde trabalhei como menor estagiário, se depararem com um excesso de resultados positivos em seu plano de previdência e ficarem muitos anos sem contribuir, já que a PREVI não tinha mecanismos para devolver valores em espécie aos participantes.
Sei que as histórias dos planos são diferentes, que em outros planos as patrocinadoras participaram com percentuais bem superiores aos praticados pelos Correios ao longo do tempo etc. Mas o fato concreto é que os resultados de nosso plano não foram os melhores e as razões para isso começam a ficar cada vez mais claras.
Como já informei em postagens anteriores, infelizmente a Lei n. 12.353/10 me impede de tratar no Conselho de Administração do tema "previdência privada". Assim, minha manifestação aqui se dá apenas como participante do POSTALIS e não como membro do Conselho de Administração.
E, da mesma maneira que tenho recomendado aos colegas que me indagam o que fazer, tenho conversado com outros colegas mais informados sobre assuntos previdenciários, contatado as entidades representativas (associações, federações e sindicatos), afinal se há um tema que afeta a todos na Empresa de forma direta esse tema é o POSTALIS e essas entidades precisam nos ajudar a compreender e a agir em momentos como esse.
De resto, com relação à gestão e ao funcionamento do POSTALIS, creio que já compartilhei minha visão por meio das seguintes postagens publicadas aqui no blog:
- Sobre o POSTALIS- O POSTALIS e os heróis corporativos
- Reflexões de um participante
- POSTALIS
Marcos,
ResponderExcluirCorremos o sério risco de amanhecermos sem o dinheiro do Postalis na nossa conta. Esse risco é iminente, frente às decisões erroneas que assolam o plano, com indicações políticas de quais ações devem ser compradas (fundos podres, papéis supervalorizados) e investimentos que favorecem a quem é da cúpula governista. Estão comprando até avião caindo, não demoram "investir" em terreno na lua também!
Infelizmente, a minha recomendação é para os colegas não abandonarem o plano, pois seria uma besteira, mas diminuir a margem de contribuição; assim, ficariam menos expostos aos riscos dos desmandos políticos interesseiros no cofre do Postalis.
Marcos, uma providência prática que o Postalis poderia tomar (se bem que acho que não aceitarão) é aumentar a transparência.
ResponderExcluirQuando um fundo de pensão, ou as assets (empresas de gestão de recursos), efetuam a busca de investimentos ou negociam participações em empresas ou fundos, é natural que isto seja feito em sigilo, pois a simples publicidade desse interesse pode mudar o preço dos ativos ou o interesse de concorrentes.
Entretanto, após realizado o investimento, os relatórios e estudos que embasaram os mesmos deveriam se tornar publicos no site do Postalis, permitindo que os participantes - e tambem profissionais do mercado ou conhecedores de economia, estatistica e administração - possam tomar conhecimento dos detalhes de cada investimento.
Esta providência prática permitiria identificar operações estranhas - e portanto iria coibir esta prática - a tempo de evitar desastres como os que temos visto.
Jorge - DETIC
Caros Colegas,
ResponderExcluirInfelizmente não há espaço para novas discussões. A situação de penúria do Postalis exige medida radical: Intervenção já! Nomeação de Interventor pela PREVIC!
Irno Jacobsen