domingo, 28 de junho de 2015

Carta de uma menina para Deus

Vez por outra me deparo com histórias nas quais a carta é um elemento importante.

Em tempos de comunicação instantânea e eletrônica, escrever sobre cartas pode ser tido como saudosismo ou algo do gênero. Os que pensarem assim podem criticar, mas como alguém que acredita na força de uma boa comunicação, que acompanhou o surgimento da internet no Brasil e ajudou a transpor para lá alguns dos serviços tradicionais dos Correios, como a própria carta e o telegrama, me dou ao luxo de ainda me emocionar quando leio textos como o que transcrevo a seguir.
Boa Leitura!
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Uma menina de 4 anos chamada Meredith, após a morte do seu cão Abbey, pediu ajuda à mãe para escrever uma carta a Deus. A menina ditou e a mãe escreveu: 

"Querido Deus, Será que podes tomar conta do nosso cão Abbey? Ele morreu ontem e foi para o Céu. Tenho muitas saudades dele. Estamos felizes que nos tenhas deixado tê-lo como o nosso cão, embora ele tenha ficado doente. Espero que possas brincar com ele. Antes de ficar doente, ele gostava de brincar com bolas e nadar. Mando fotos dele para que o reconheças assim que o vires e saibas que é o nosso cão.

Sinto muito a falta dele. 

Com amor,

Meredith Claire 

PS: A mamã escreveu as palavras que eu ditei."


A mãe de Meredith pôs a carta num envelope com duas fotos do cão e endereçou a carta para: Deus no Céu. Antes de deixarem a carta nos Correios, Meredith colou muitos selos no envelope porque achava que o Céu era muito longe e que seriam precisos muitos selos para que a carta chegasse ao seu destino.

Durante alguns dias, Meredith perguntava à mãe se Deus já teria recebido a carta, ao que a mãe respondia que achava que sim. Até que um dia, ao regressarem dum passeio, encontram à porta de casa um pacote em papel dourado. O pacote trazia um postal em forma de estrela que dizia: Para Meredith.

A menina, cheia de curiosidade, abriu o pacote e dentro encontrou um livro. O livro chamava--se ‘When a pet dies’ ( ‘Quando um animal de estimação morre’) e trazia colada a carta que ela tinha mandado a Deus, as duas fotos do cão e uma nota escrita à mão que dizia: 

"Querida Meredith,

Eu sei que vais ficar muito contente em saber que o Abbey chegou em segurança ao Céu! Teres mandado as fotos foi uma grande ajuda. Reconheci-o assim que o vi.

Sabes, ele já está curado e o seu espírito está aqui comigo, tal como está presente no teu coração, feliz e a correr e a brincar.

Abbey adorava ser o teu cão. Como não precisamos dos nossos corpos no céu, eu não tenho bolsos. Por isso não posso guardar a tua carta. Aproveito e envio-te as fotos para que te lembres sempre do Abbey.

Um dos meus anjos está a tomar conta dele. Espero que este livro te ajude. Obrigado pela tua linda carta. Agradece à tua mãe por tê-la escrito. Ela é maravilhosa. Escolhi-a de propósito para ti.

Envio-te a minha bênção todos os dias e lembra-te que te amo muito. Estou no Céu e onde quer que haja amor.

Com muito amor, Deus" 

Ninguém sabe ao certo quem respondeu à carta, mas muito provavelmente terá sido um funcionário dos Correios. Acho que independentemente das interpretações que esta história possa ter, é uma história bonita que merece a partilha. E é verídica.

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