sábado, 31 de maio de 2014

Participação em Assembleia no SINDECTEB (Bauru e Região)

Participamos neste sábado (31/05), em Bauru/SP, de uma assembleia do SINDECTEB - SINDICATO DOS EMPREGADOS DA EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS E SIMILARES DE BAURU E REGIÃO.
No evento, pudemos conhecer melhor as atuais aspirações e preocupações de nossos colegas da região, assim como levar-lhes informações sobre os trabalhos que estamos desenvolvendo no Conselho de Administração.
Estiveram presentes ao evento a Diretoria do SINDECTEB e vários delegados sindicais.
Como ocorreu também quando estive no SINTECT SP, observei com muita satisfação a maturidade de meus colegas dirigentes sindicais e sua preocupação com o futuro da Empresa. 
Retornamos a Brasília com bons insumos para nossa futuras reflexões.

sexta-feira, 30 de maio de 2014

PLR - visão de um trabalhador

Uma das questões que mais tenho ouvido nas últimas semanas é: "Quando será paga a PLR?"

É
uma questão que, por si só, já demonstra que este tema não vem sendo bem conduzido. Explicarei por que penso assim, ressaltando desde logo que o faço na condição de trabalhador dos Correios e não como membro do conselho de administração.

A PLR - participação nos lucros e resultados - é nas empresas estatais uma das principais senão a principal forma de remuneração variável implantada. Nos Correios é a principal.

Para ser efetivo, parece-me que um programa de PLR deve cumprir algumas premissas básicas.

Uma dessas premissas é o programa estar previamente estabelecido e negociado, de forma que os trabalhadores possam efetivamente focar seu trabalho na busca dos objetivos traçados, e, depois, colher os frutos desse esforço em período definido e de acordo com os critérios estabelecidos.

Assim, não faz nenhum sentido estarmos discutindo agora (junho/2014) a PLR referente a 2013 e nem mesmo a de 2014, pois o ano de 2013 já acabou faz tempo e 2014 já está com 5 dos 12 meses transcorridos. Deveríamos estar agora definindo as bases do programa para 2015, ou melhor ainda para um período maior, como 2015-2020 ou 2015-2018. E certamente já deveríamos ter recebido o valor correspondente à PLR de 2013.

Outra premissa é que o programa seja atrativo para todos os trabalhadores. Nesse sentido, uma boa pergunta preliminar seria a respeito de quantos salários se espera distribuir como PLR, pois mesmo que o programa tenha uma parcela comum a todos - prática que valoriza a participação dos trabalhadores com menores salários - é usual que haja uma parcela diretamente atrelada aos valores de salários recebidos, de forma a se alcançar a necessária atratividade para todos. É assim que funcionam com sucesso programas de PLR em outras estatais.

Também é necessário que haja lucro e que esse seja significativo, para permitir a divisão com os trabalhadores da parte que a lei prevê. Sem lucro, não há PLR, mesmo que haja "resultados" de outra ordem. Por esta razão, questões como a oportuna e sistemática atualização de tarifas são tão importantes para uma Empresa como a ECT, que tem nos serviços da área de reserva, com preços controlados pelo governo, uma boa parte de seu faturamento. Também é importante que a empresa demonstre vigor em suas ações comerciais e cuide bem de seus custos.

Compreendo que algumas lideranças sindicais tenham como bandeira a linearidade do valor da PLR, especialmente quando o valor a distribuir é pequeno como neste ano. Lamento, porém, que estejamos mais uma vez reféns de um processo equivocado, no qual se tenta melhorar o valor distribuído como PLR à custa de artifícios como este, adotados depois de transcorrido todo o período de referência ao se perceber que o lucro foi menor que o esperado.

Para mim, a responsabilidade por este processo confuso e nefasto de discussão da PLR hoje presente na Empresa, o qual opõe trabalhadores de um nível salarial contra trabalhadores de outro nível e não satisfaz nenhum deles nem os motiva, é da gestão, que não consegue organizar os debates e regras tempestivamente e, depois, se reúne com algumas das representações para "dividir o bolo". Um programa de PLR minimamente consistente não pode ser feito assim, muito menos numa empresa com o porte, a quantidade e a diversidade de trabalhadores que tem a ECT. Para onde foram o planejamento, as métricas, os objetivos e desafios? Por que desaprendemos tanto em vários temas incluindo este?

Aos colegas que quiserem ler mais a respeito, sugiro que procurem na internet informações sobre os programas de PLRs de outras grandes empresas brasileiras, como a CAIXA e o BANCO DO BRASIL. Verão que há muito material disponível livremente a respeito e que é possível ter bons programas de PLR até mesmo em empresas estatais ou controladas pelo Governo Federal.

Espero que um dia possamos dizer o mesmo do nosso programa de PLR.

POSTALIS - reflexões de um participante

Nos últimos dias, em função de matérias veiculadas pela imprensa, recebi inúmeras mensagens de colegas sobre o POSTALIS.
Em geral, expliquei nas respostas que não tenho como opinar sobre esse tema no âmbito do Conselho de Administração, mas que, como participante, tenho minhas preocupações, opiniões e avaliações.
Nesta postagem, tentarei oferecer um resumo do que penso a respeito, na expectativa de que essas reflexões sejam úteis aos colegas que hoje se preocupam com nosso fundo de pensão.

Sair ou permanecer no POSTALIS
Conversando há algum tempo com Sérgio Bleasby, o Presidente da ANAPOST, ele me reportava sua preocupação de que partes de sua fala e de suas apresentações sobre a situação do POSTALIS pudessem ser utilizadas para motivar outros colegas a deixarem o fundo, o que, na opinião dele, seria um erro, algo ruim para o empregado e para o instituto. Concordo com ele. Como a empresa deposita um valor idêntico ao que cada um faz no POSTALIS, é de se esperar que, para o empregado, se trate de um grande investimento. Além disso, todos sabem como é difícil separar mensalmente, de forma voluntária, uma parte do salário; é mais simples e fácil que isso ocorra naturalmente, com o desconto da contribuição.
Assim, para quem me perguntou se devia deixar o POSTALIS respondi algo como: em minha opinião, não devemos abandonar o POSTALIS, mas sim ajudar a salvá-lo.

Gestão
O POSTALIS é uma empresa de previdência privada e deveria ser gerida como tal, ou seja, sem absolutamente nenhuma interferência política ou de outra ordem. A gestão do instituto deve ter como único norte a obtenção segura de adequada rentabilidade para os participantes e beneficiários. Deve, ainda, em consequência, ser integrada por especialistas em cada atividade, de forma a maximizar os resultados. E a estrutura administrativa do fundo deve ser muito enxuta, de forma a minimizar custos.
Noutros países, há leis e práticas que impedem completamente a patrocinadora, o Governo e outras entidades de interferirem na gestão dos fundos de previdência privada. Há também compromissos de resultados estabelecidos entre as direções (sempre técnicas) e o fundo, os quais, quando não cumpridos, resultam naturalmente no que em geral ocorre numa empresa privada quando sua direção não alcança os objetivos – a substituição da diretoria. E casos graves de má fé ou dolo na gestão dos recursos do fundo são tratados rápida e severamente por órgãos de controle e pela justiça.
Para quem me perguntou a esse respeito, respondi que deveríamos lutar para ter algo assim por aqui, ainda que no Brasil os governos historicamente tentem ver os fundos de pensão das estatais como suas extensões, utilizar seus recursos para viabilizar políticas públicas e colocar em sua direção apadrinhados políticos etc. Isso tem que mudar e pode começar a mudar pelo POSTALIS.

Resultados
Os resultados de um fundo de pensão deveriam se situar, no mínimo, acima da média dos benchmarks de mercado (referências), para apontarem uma boa gestão. Qualquer coisa abaixo disso, é um indicador de gestão insatisfatória ou má. Assim, não consigo aceitar, como participante, que nosso fundo de pensão tenha recorrentemente uma rentabilidade tão baixa e prejuízos tão frequentes com ativos ruins e esse quadro vá permanecendo. Isso tem que mudar e o POSTALIS precisa se transformar numa das melhores referências no mercado em termos de rentabilidade. É num fundo assim que gostaria de ter minhas reservas aplicadas.

Prejuízos atuariais e seu rateio com os empregados
A lei vigente estabelece que os participantes dividem em partes iguais com a patrocinadora os prejuízos atuariais dos fundos. Assim, de acordo com o divulgado na imprensa, teremos novamente a cobrir um déficit de quase um bilhão de reais de 2013 e um outro montante imenso em 2014. Acrescidos ao que já estamos pagando de déficits anteriores e ao que ainda pode vir decorrente do saldamento (RTSA), teremos uma soma expressiva a ser coberta. Preocupo-me muito com isso e não tenho resposta a oferecer aos colegas que perguntam a respeito, tentam fazer contas e chegar a uma estimativa do que isso representará de desconto adicional. Mas, apesar dos déficits sucessivos, ainda acredito que se tivermos uma gestão competente no instituto, que consiga produzir resultados persistentes acima das metas atuarias, as taxas adicionais que tenham sido criadas poderão ser revistas e até extintas.
Como alguns colegas mencionam em suas mensagens, também me indigno com o fato de que os empregados nunca conseguem interferir de nenhuma forma na gestão do POSTALIS. Tenho acompanhado à distância o esforço de alguns integrantes do Conselho Deliberativo e percebo que, infelizmente, o que a imprensa tem trazido à tona corresponde à realidade – os empregados, representados no Conselho Deliberativo por colegas eleitos pelos trabalhadores, não conseguem que os questionamentos de alguns de seus representantes sejam ouvidos, que suas proposições sejam aprovadas etc, pois, por mais combativos que sejam alguns de nossos representantes, acabam sempre suplantados pela aliança que defende o “status quo” e não quer nenhuma mudança. Assim, concordo com a argumentação dos que ponderam que se não temos nenhuma forma de atuar na gestão do instituto não deveríamos ser cobrados a repor perdas decorrentes visivelmente de má gestão.
Sobre o novo estatuto, tenho muitas dúvidas se sua implantação ajudará mesmo a corrigir isso, pois, mesmo com a possibilidade de eleger dois dos quatro diretores, nada nos garante que não teremos a repetição ampliada da situação atual. Assim, ainda me parece que seria melhor que tivéssemos uma gestão totalmente profissional no POSTALIS. Mas, se isso ainda não for possível, espero que, pelo menos, procuremos eleger futuramente para a Diretoria do Instituto pessoas devidamente habilitadas, competentes, íntegras e que estejam imbuídas apenas do intuito de produzir bons resultados para o POSTALIS.

quinta-feira, 29 de maio de 2014

PDIA

Alguns colegas tem me enviado questões a respeito do PDIA. O que sei a respeito está nas publicações feitas pela Empresa, já que, como já informei, não posso participar das discussões e deliberações sobre esse tema no Conselho de Administração. 
Aos que indagam minha opinião sobre o plano, tenho sugerido que leiam a correspondência a respeito enviada pela ADCAP, pois ela expressa algumas reflexões que deveriam ser feitas por todos os elegíveis. O link para a correspondência da ADCAP é: http://www.adcap.org.br/noticias.php?id=693&pagina= 
Além disso, é importante ler postagem do blog dos Correios a esse respeito, que é a mais recente publicação oficial que li: http://blog.correios.com.br/acordocoletivo/?p=1550 .

PLR

Recebi nos últimos dias muitas indagações a respeito desse tema. Reportei aos colegas que a última informação que recebi a respeito, por meio do SINDECT SP, foi de que a maioria dos sindicatos que integram a Mesa de Negociações havia aceitado a proposta apresentada pela Empresa. O SINDECT SP não havia aceitado.
Assim, agora haveria alguma tramitação burocrática junto ao Governo, após o que a PLR poderia ser paga.
Não soube,porém, de nenhuma previsão estabelecida para o pagamento.

Tarifas - O Globo - 29/05/14

Da coluna de Ancelmo Gois, no Globo - 29/05/2014
Fator Guido Mantega
Os Correios, além da Petrobras e da Eletrobras, sofrem mais que sovaco de aleijado com o congelamento de preços.
Segundo Marcos César Alves Silva, representante dos funcionários no Conselho de Administração, os Correios estão há dois anos impedidos de corrigir os preços de serviços postais. Ele diz que as perdas superam R$ 400 milhões.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Encaminhamos aos colegas cadastrados, por e-mail, o informativo de 27 de maio 2014.  Se algum colega não estiver recebendo nossas mensagens periódicas e quiser passar a recebê-las, ou se quiser indicar outro e-mail adicional para recebimento, basta nos enviar o endereço eletrônico.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Tarifas - mais dois meses sem atualização

Alguns colegas talvez estranhem porque o tema que mais recebeu postagens aqui no blog é a falta de atualização de tarifas. Como concurso público e outras atividades, que deveriam estar numa rotina normal da vida da Empresa e ocorrer naturalmente ao longo do tempo, nesse caso também a inação acaba gerando um grande problema para a Empresa, e, por isso demanda nossa atenção.
Hoje completamos dois meses da aprovação pelo Conselho de Administração da Empresa de proposta de nova atualização de tarifas, posto que a decisão anterior, de maio de 2013, não foi implantada pelo Ministério da Fazenda. 
Como integrante do Conselho de Administração, me sinto extremamente frustado com a não atualização das tarifas, pois sei o quanto essa medida é importante para a Empresa, como já mencionei nas inúmeras postagens anteriores aqui no blog.
Contabilizaremos, em maio, algo próximo de R$ 400 milhões de perda de receita em 2014 (R$ 80 milhões por mês), em função da não atualização das tarifas. No caso dos Correios, não é um valor irrelevante. Na verdade é um valor que deve corresponder ao prejuízo registrado pela empresa no mesmo período, e que muito dificilmente será recuperado em 2014.
O Governo Federal conseguiu, finalmente, após dois anos sem atualização de tarifas, transformar também os Correios numa empresa pública deficitária. Criou-se assim, do nada e desnecessariamente, mais um problema para a sociedade brasileira e para os trabalhadores dos Correios.
E, se a paralisia permanecer, os danos se tornarão mais graves, podendo destruir rapidamente a boa empresa que os brasileiros levaram 350 anos para construir.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Informativo do dia 22 de maio

Encaminhamos aos colegas cadastrados, por e-mail, o informativo de 22 de maio 2014.  Se algum colega não estiver recebendo nossas mensagens periódicas e quiser passar a recebê-las, ou se quiser indicar outro e-mail adicional para recebimento, basta nos enviar o endereço eletrônico.

Atas da 4ª reunião ordinária e da 6ª extraordinária

Foram publicadas as atas das reuniões do Conselho de Administração ocorridas em 05 de maio de 2014.
Na reunião ordinária (4ª do ano), tratamos de vários temas e nossas principais participações foram registradas na ata. 
Em função das vedações da Lei nº 12.353/2010, não participamos da reunião extraordinária (6ª do ano), na qual foram tratadas a suspensão do pagamento pela ECT do RTSA (POSTALIS) e a extinção do ITF. 
As atas das reuniões podem ser acessadas nos seguintes links:

terça-feira, 20 de maio de 2014

700 dias sem atualização de tarifas!


No dia de hoje (20/05), completamos 700 (setecentos) dias sem atualização das tarifas dos serviços postais da área de reserva (carta, FAC, malote, telegrama etc).
Não se trata, porém, de uma data a ser comemorada, pois a ausência da atualização dessas tarifas tem provocado um efeito muito sério e perverso para os Correios.
Em 2013, os resultados da Empresa alcançaram algo próximo a um terço do que foi produzido em 2012. A ausência da atualização foi responsável por uma parte expressiva dessa redução. Para os trabalhadores, o efeito mais direto acontecerá na PLR a ser paga agora, a qual será sensivelmente reduzida.
Em 2014, os efeitos dessa falta de decisão do Governo Federal, representado pelos Ministérios das Comunicações e da Fazenda, já impediram um faturamento que se aproxima de R$ 400 milhões e, provavelmente, sepultaram de vez a chance de os Correios produzirem um resultado positivo em 2014. Teremos, após décadas de resultados positivos, provavelmente um resultado muito negativo neste ano, apesar de os volumes de negócios da empresa apontarem crescimento. E isso não terá sido provocado pelo mercado nem pela concorrência, mas sim por um visão completamente distorcida do Governo Federal, que simplesmente deixa de promover uma medida indispensável para uma estatal que trabalha com margens apertadas e que, até agora, tem honrado seus contratos e compromissos, todos devidamente reajustados de acordo com as respectivas previsões. Os Correios respeitam e cumprem o que pactuam com seus fornecedores e trabalhadores; o Governo Federal, infelizmente, descumpre as próprias normas, sob alegações que não convencem, pois o impacto macroeconômico que uma atualização tarifária dos Correios traz é insignificante. Não há que se falar aqui, portanto, em medida anti-cíclica ou coisa parecida.
Como empregado dos Correios, me sinto indignado com o tratamento que estamos recebendo do Governo Federal, nosso único acionista, e permanecerei protestando veementemente, na expectativa de que, em algum momento, percebam e corrijam o mal que estão causando à Empresa e a seus trabalhadores. 

Revista Correios

Alguns colegas nos indagaram a respeito da Revista Correios.
Além da cópia impressa que a Empresa enviou, há uma versão digital que pode ser acessada no seguinte link.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Recados da sociedade

Quando a sociedade toma posição, como no caso dos cidadãos de Jundiaí que lacraram uma caixa de coleta que estava há tempos com defeito, nos envia recados valiosos, que não devem ser ignorados.
No caso da caixa de coleta lacrada, o que a sociedade nos diz é algo como: "Cuidem melhor das caixas de coleta de cartas". E nossa resposta, como instituição pública, não pode ser diferente de atentar mais para o estado de nossas caixas.
O mesmo ocorre com várias outras questões, como a nova marca, por exemplo. Se a sociedade questiona os investimentos realizados pela Empresa para atualizar sua marca porque enxerga problemas de qualidade na prestação de nossos serviços, precisamos voltar nossa atenção para a prestação de nossos serviços e buscar melhorá-la, ainda que a atualização da marca seja algo normal na vida de qualquer grande empresa.
A mesma coisa vale para os casos de pessoas que reclamam da falta de entrega domiciliária nos locais onde residem. Estão nos dizendo que nosso serviço é importante e que sua falta é sentida. Assim, ainda que o caso específico possa ser de difícil solução, como ocorre em regiões de alto risco para o serviço de distribuição postal, isso precisa ser enfrentado com o tempo, de forma que os brasileiros possam contar com suas correspondências e encomendas entregues em casa.
Os Correios tem a bênção de estarem sempre próximos a seus clientes e de poder ouvi-los rapidamente sempre que algo lhes soa mal.  

Aulas de mediocridade

Neste final de semana, tive oportunidade de ler mais um excelente artigo de Lia Luft, na revista Veja. No artigo “Aulas de mediocridade”, Lia aborda um projeto financiado parcialmente pelo Ministério da Cultura que banca a edição de livros de autores clássicos, como Machado de Assis, “facilitados”. “Facilitar” no contexto do projeto consiste em reescrever o clássico, substituindo palavras ou até reescrevendo frases inteiras, para “facilitar o entendimento”.
A partir do caso desse projeto, Lia passa a abordar a mediocridade paulatina e permanente de tantos setores no Brasil.
Ao ler o artigo, não pude deixar de me recordar das reflexões que temos feito a respeito dos perversos efeitos das mudanças introduzidas em nosso MANPES – Manual de Pessoal, para “facilitar” a escolha de gestores. A redução de requisitos, a criação de mecanismos de excepcionalização e a falta de supervisão estratégica tornaram possível na Empresa a escolha de pessoas despreparadas para o exercício de funções de confiança, já que a pontuação mínima exigida na nova sistemática é ínfima e não mínima.  Pior ainda – possibilitaram que, em alguns locais, técnicos experientes fossem encostados para abrir espaço a designações com base em afinidade política ou de outra ordem.
Assim como no ensino uma boa formação é importante para se ter profissionais devidamente preparados, numa empresa é necessário que as lideranças sejam escolhidas por critérios meritocráticos, considerando fatores relevantes como  a experiência, a formação e o desempenho.  Atalhos e facilitações não são boas práticas para uma nação nem para uma empresa. 

domingo, 18 de maio de 2014

Sobre a reportagem da revista ÉPOCA a respeito do POSTALIS



Como participante do POSTALIS e cidadão, fiquei indignado com a matéria publicada neste final de semana na revista ÉPOCA. 
No curto prazo, espero que apurem profundamente tudo o que foi reportado, punam exemplarmente as pessoas envolvidas e recuperem, mesmo que parcialmente, os prejuízos causados a nosso fundo de pensão.
No médio prazo, espero que o POSTALIS passe a ser citado como referência de boa gestão, de boa governança e de bons resultados e não o contrário.

Link para a reportagem citada:
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/05/b-evidencias-de-fraudeb-no-fundo-dos-correios-ligado-ao-pmdb.html

Link para o comentário feito na CBN pelo jornalista da revista ÉPOCA:
http://cbn.globoradio.globo.com/colunas/epoca-em-destaque/2014/05/19/ESQUEMA-DE-CORRUPCAO-EM-FUNDO-DOS-CORREIOS-TINHA-DESVIO-INTERNACIONAL-DE-RECURSOS.htm

Participação em Assembleia da ADCAP

Tivemos oportunidade de participar neste sábado (17/05), em São Paulo, de uma assembleia da ADCAP - Associação dos Profissionais dos Correios.
Como sempre ocorre nestas ocasiões, pudemos conversar com colegas de diversas regiões do país, ouvir seus anseios e levar-lhes informações sobre os trabalhos que estamos desenvolvendo no Conselho de Administração.
Estiveram presentes ao evento, além dos presidentes dos núcleos regionais e da Diretoria da ADCAP Nacional, também o Presidente do SINTECT SP e Vice-Presidente da FINDECT, Elias Brito (Diviza), e o Superintendente Executivo da VIGEP, Idel Profeta.
A riqueza dos temas abordados e a efetiva participação dos associados nos permitiram retornar com bons insumos para nossa reflexões.

sexta-feira, 9 de maio de 2014

Tarifas – da autossuficiência ao prejuízo

Desde que entrei nos Correios, há muitos anos atrás, sempre tratamos um tema com grande prioridade, pelo impacto que ele trazia para a Empresa e para seus resultados. Trata-se da atualização das tarifas postais.
Acompanhei este tema desde quando os cálculos eram feitos em máquinas manuais, muito antes de surgirem as planilhas eletrônicas e de alguém sonhar com a internet. Naquela época, alguns colegas varavam a noite para montar as tabelas e todos se engajavam na missão de tê-las implementadas o quanto antes.
A razão para essa priorização era bem simples: os poucos centavos de atualização do preço de um selo postal multiplicado pelos vários milhões de remessas diárias resultavam sempre num valor bem significativo para a Empresa. Não se podia perder um dia.
Nos dias de hoje, alguns desses colegas continuam na Empresa e imagino que, como eu, bastante incomodados com o fato de que estamos há dois anos sem atualização das tarifas postais.
Em dois anos, tivemos pelo menos dois ciclos de reajuste de contratos com nossos milhares de fornecedores (aluguel, locação de veículos, vigilância, limpeza etc.) e nenhum deles concordaria em “congelar” seus preços por esse período, pela simples razão de que seus custos também evoluíram. 
Mas o Governo Federal parece não querer compreender isso e tenta segurar “na marra” a inflação, impedindo estatais como a ECT de reajustarem seus preços. Não sei aonde isso vai dar para outras estatais, embora acompanhe seu calvário pelas notícias da imprensa, mas sei bem aonde vai dar no caso da ECT, e isso me preocupa muito.
Os Correios são uma grande empresa, mas que tem vulnerabilidades que o acionista deveria conhecer e sempre considerar, em minha opinião. Uma dessas vulnerabilidades está exatamente nas tarifas postais, já que os negócios da área de reserva (correspondência, malote etc.) correspondem a mais de 50% da receita operacional da Empresa.  Além disso, diferentemente do que ocorre em outros setores como o financeiro, no setor postal se trabalha com margens apertadas e as flutuações de mercado em geral causam prejuízos e não lucros para os Correios.
Ao não autorizar as atualizações tarifárias, o Governo Federal condena os Correios a voltarem a depender do Tesouro Nacional novamente, como não ocorria há dezenas de anos. De autossuficiente, os Correios estão sendo condenados, por seu próprio acionista e não pelo mercado, à dependência, o que não me parece fazer sentido sob nenhuma ótica econômica, política ou de outra ordem.
Os colegas que me abordam sobre este tema me fazem indagações embaraçosas, como, por exemplo, se o Governo Federal pretende “quebrar” os Correios para, depois, privatizá-lo com preço bem em conta. Aparentemente absurdas numa primeira leitura, indagações como esta vão se tornando cada vez mais comuns à medida que passa o tempo e os Correios vão mergulhando em resultados negativos, algo que não fazia parte de nosso cotidiano até este momento e que nos assombra agora.
Não sei como outras estatais sobreviverão mais à frente sem a recomposição de seus preços, mas sei que será muito difícil para os Correios disputarem verbas com Saúde, Educação e Segurança Pública, por exemplo, áreas em que as carências e a prioridade são indiscutíveis.  E sem recursos, será muito fácil retornar a um passado de 45 anos atrás, quando um sombrio departamento de correios e telégrafos entregava à sociedade brasileira um serviço ruim, a ponto de ser comum as pessoas, para se desculparem de um esquecimento, dizerem “Ah! Você não recebeu o telegrama que lhe enviei?”
Dessa época em particular, não temos nenhuma saudade!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Uma empresa de grandes dimensões


"A Empresa (Correios) é como um grande transatlântico. Não faz curvas nem freia como um jetski. Os movimentos da Empresa precisam ser planejados com antecedência, colocados em curso com muita atenção e sistematicamente monitorados."
Marcos César, maio/2014

Concurso Público - de mera rotina a questão estratégica

Em um período dos anos de 2011 e 2012, tive oportunidade de integrar um grupo de trabalho multidisciplinar que estudou em profundidade o tema "qualidade" na Empresa. Como normalmente ocorre com relação a esse tema, o diagnóstico realizado apontou inúmeras causas que contribuíam para o não atingimento das metas. Dentre essas, a causa que se mostrava mais determinante era então a falta de pessoal. Na ocasião, a Empresa vinha de um período de mais de dois anos sem realizar concurso público e havia inúmeras vagas não preenchidas nas unidades operacionais, ocasionando sobrecargas e outros efeitos que resultavam, ao final, na queda da qualidade de nossos serviços.
Após as contratações feitas e mais algumas medidas adotadas, o quadro geral de qualidade da Empresa evoluiu, demonstrando que o diagnóstico a as medidas apontadas como necessárias estavam corretas. 
Com o passar do tempo, porém, em diversas localidades o cadastro de candidatos aprovados foi sendo esgotado e um novo concurso passou a ser necessário. 
Como sabíamos dos efeitos que a não reposição de pessoal poderia acarretar para a Empresa, passamos a cobrar a realização do concurso público desde que assumimos a posição de conselheiro, em meados de 2013.
Numa reunião do Conselho de Administração em que o assunto foi apresentado, a data de outubro/2013 foi trazida como previsão da área de gestão de pessoas para a realização do concurso. Isso, infelizmente não ocorreu. Nem em outubro nem nos meses seguintes. E algo que até alguns anos era rotina na Empresa - a realização de concursos públicos para simples reposição de vagas em aberto - passou novamente a preocupar pelo menos um dos membros do conselho de administração, pelo impacto que pode trazer para os negócios e para a imagem da Empresa.
Nos contatos com as lideranças das representações de trabalhadores e com os próprios colegas, tenho recebido cobranças sobre este tema, pois os vazios já se multiplicam, e, como sempre, começando pelos principais mercados. Compreendo tais preocupações e gostaria de poder fazer algo além do que já fiz, ao enfatizar esse assunto meses atrás em diversos fóruns, incluindo o próprio Conselho de Administração. Nestas ocasiões, ressaltávamos sempre o fato de que 2014 seria um ano atípico, em função das eleições e da copa, e que, por isso, precisávamos cuidar logo em 2013 do assunto.
Espero que os líderes da Empresa percebam que somos, acima de tudo, uma organização de pessoas, cujas posições de trabalho, notadamente as operacionais, precisam sempre estar devidamente cobertas, pois isso é fundamental para assegurar o cumprimento dos compromissos de qualidade assumidos com nossos clientes e com a sociedade.

MVNO - Portaria do Ministério das Comunicações

O Ministério das Comunicações publicou hoje (08/05), no Diário Oficial da União, a Portaria 416, que dispõe sobre a exploração do Serviço Móvel Pessoal – SMP, por meio de Rede Virtual (RRV-SMP), pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Trata-se do serviço comumente tratado como MVNO - Mobile Virtual Network Operator ou Operador Virtual de Celular.
A emissão da Portaria é um passo importante para que os Correios possam oferecer mais este serviço, diversificando seus negócios. 
O projeto da parceria correspondente é coordenado pela VITEC e deverá resultar na participação dos Correios numa empresa de telefonia MVNO ainda em 2014. 
A Portaria pode ser lida nos seguintes links:
- cópia em formato word
- link para a página do DOU que trouxe a publicação

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Uma organização de pessoas

"A Empresa possui muitos prédios, caminhões e equipamentos, mas é, antes de tudo, formada por pessoas. Quem não perceber isso, jamais compreenderá a essência do serviço postal."

terça-feira, 6 de maio de 2014

ITF e GPTF

Republicamos abaixo nota do Primeira Hora de hoje (06/05/14).

O representante eleito pelos trabalhadores para o Conselho de Administração não participou da reunião extraordinária onde se tomou esta decisão, em função das vedações da Lei nº 12.353/10.

Extinção do Mecanismo de Retenção do Capital Intelectual e de Talentos — Em reunião do Conselho de Administração,  realizada ontem, foi aprovada proposta da Diretoria Executiva dos Correios de extinção da Incorporação por Tempo de Função – ITF e da Gratificação Provisória por Tempo de Função – GPTF.
A decisão se fez necessária considerando o atual cenário econômico da empresa e em razão do impacto financeiro e orçamentário causado pelo aumento da despesa, cujo gasto vem crescendo e superando o seu valor estimado.
Em estudo, foi constatado um aumento significativo tanto no quantitativo de concessão quanto em relação aos valores pagos, além de apontamentos realizados pela auditoria interna em que foram constatadas fragilidades no referido instrumento.
Destaca-se que ficam mantidas as concessões de ITF e GPTF para os empregados com portarias de dispensas já emitidas, assinadas e com data de vigência até o dia 2 de maio de 2014.
A CEGEP realizará revisão das concessões e pagamentos de ITF e GPTF referente ao período de 1º de maio de 2012 a 2 de maio de 2014.
A VIGEP realizará estudos técnicos e econômicos para a criação de novo mecanismo de valorização e retenção de capital intelectual, que será objeto de negociação com o movimento sindical em mesa temática criada a partir da Mesa Nacional de Negociação Permanente dos Correios.

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Nova Marca


"A atualização da marca é uma ação importante e que se alinha às demais iniciativas de modernização em curso na Empresa.

Nos próximos anos, será muito importante termos uma marca mais moderna, fácil de aplicar e que traduza bem essa nova e dinâmica etapa da vida dos Correios."

Marcos César, em maio/2014.

Informativo de 05 de maio

Encaminhamos aos colegas cadastrados, por e-mail, o informativo de 05 de maio 2014.  Se algum colega não estiver recebendo nossas mensagens periódicas e quiser passar a recebê-las, ou se quiser indicar outro e-mail adicional para recebimento, basta nos enviar o endereço eletrônico.

domingo, 4 de maio de 2014

Locação de Imóvel em Vitória/ES

Nas últimas semanas, recebi inúmeras mensagens por vários meios, inclusive publicações em minha linha do tempo numa rede social, questionando a locação de um imóvel realizada pela DR/ES para abrigar algumas unidades operacionais daquela Regional.
A esse respeito, informo aos colegas o seguinte:
a) já encaminhei correspondência à direção da Empresa com os questionamentos que me chegaram;
b) também estarei encaminhando, nesta segunda-feira (05/05), correspondência ao Coordenador do Comitê de Auditoria do Conselho de Administração, juntando cópia de material divulgado na imprensa capixaba neste final de semana (jornal "a Tribuna" e TV Capixaba).
Acrescento, ainda, que a locação de imóveis não é um tema que seja apreciado nas reuniões do Conselho de Administração, visto que trata-se de assunto cuja alçada é da Diretoria Executiva e das Diretorias Regionais.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

1º de maio

Parabéns, trabalhadores!


Que nossos esforços propiciem sempre aos brasileiros um serviço postal de reconhecida qualidade!