Após ler nossa postagem "Concurso Público - efeitos da má administração", um colega nos propôs as seguintes reflexões (em itálico), que respondemos a seguir, após cada assertiva:
Devem estar ocorrendo realmente problemas de falta de efetivo - e não somente na distribuição mas também nas áreas administrativas.
Não temos dúvida de que isso acontece não apenas na distribuição, afinal acabamos de ter um plano de desligamento incentivado e ficamos com muitas lacunas em vários órgãos, inclusive administrativos.
Mas que tal, antes de falarmos em mais contratações, analisarmos problemas sérios e recorrentes como absenteísmo, desvio de função (há muitos empregados contratados para a distribuição e o atendimento desviados para posições administrativas ou cedidos aos inúmeros sindicatos), produtividade (faz tempo não ouço essa palavrinha mágica) e qualidade da gestão - que inclui o apoio dos dirigentes a decisões das chefias operacionais (que muitas vezes se vêem desamparadas quanto querem trabalhar com seriedade).
Seria ótimo se todas estas questões fossem, de fato, enfrentadas, de forma a se ter um quadro de necessidades bem ajustado na Empresa. Cabe à direção da Empresa colocar foco nesses temas, todos muito importantes, promover os estudos e debates necessários e adotar as medidas que sejam cabíveis para corrigir eventuais desvios de rumo. Por outro lado, a ausência de ações de gestão mais efetivas sobre esses temas não pode ser utilizada para justificar a suspensão dos concursos, pois esse tipo de medida mina a capacidade da Empresa de entregar à sociedade os serviços esperados, derrubando rapidamente a qualidade.
Que tal refletir sobre isso antes de contratar mais gente?
A argumentação de que é importante tratar do absenteísmo, dos desvios de função, da produtividade e da qualidade antes de falar em novas contratações só serve de muleta para quem, por alguma razão, não quer ou não consegue realizar o concurso público. Todos esses temas merecem a maior atenção por parte da Empresa e das representações de trabalhadores. Mas nada pode servir de justificativa para não se ter mais na Empresa, como ocorreu durante muitos anos, uma sistemática simples e quase automática de reposição de pessoas, principalmente nas áreas operacionais. É muito simples e sempre soubemos fazer isso, até desaprendermos e ficarmos reféns de um processo centralizado e mal conduzido, que penaliza os trabalhadores e clientes.
Incompetência, pura e simples!
Ótimo texto
ResponderExcluirMas como fica a questão dos concursados que apos a experiencia sua produtividade e a baixo do esperado ( sendo franco não querem trabalhar)...Isso também seria uma questão a ser resolvida.
O desempenho no trabalho é algo a ser sempre buscado. Os trabalhadores devem ser estimulados a oferecerem à Empresa aquilo que deles se espera, da mesma forma que a Empresa deve oferecer-lhes oportunidades profissionais e boas condições de trabalho. É uma via de mão dupla e o trabalhador tem que entrar com a sua parte.
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