Na virada do século, os Correios já haviam conseguido construir no país um serviço expresso que ocupava, com larga margem de vantagem, a posição de líder de mercado. A existência de uma rede aérea integrando os principais polos do país e a tradição de qualidade que caracterizavam os Correios foram decisivos para o estabelecimento dessa liderança, com o SEDEX.
Mas a internet, com suas startups que prometiam revolucionar todos os processos tradicionais, deixando para trás as organizações tradicionais de "tijolo e cimento", desafiava os Correios a mostrar se teria ou não punch para continuar no jogo, agora sob novas regras. Tecnologia, preços competitivos e agilidade decisória se impunham. E a resposta veio rápida e objetiva, com a criação do e-Sedex.
Com o novo serviço, baseado no SEDEX mas com atributos desenhados para se ajustar à nova onda do comércio eletrônico, os Correios se reposicionaram e mantiveram a liderança nas entregas. O PAC, serviço de encomendas não expressas, e o próprio SEDEX completavam o portfólio de serviços de encomendas oferecidos aos clientes.
O crescimento e a diversificação do comércio eletrônico nos anos que se seguiram trouxeram mudanças de contexto importantes, que demandaram atenção e ajustes estratégicos das empresas envolvidas nessas operações. Surgiram e se consolidaram marketplaces, houve diversas fusões e aquisições no setor, e a concorrência pela entrega das encomendas nunca deixou de estar presente, ocorrendo sempre à sombra dos movimentos feitos pelos Correios.
A existência de um serviço expresso de encomendas abrangente e econômico foi fundamental para o desenvolvimento do comércio eletrônico no país, impulsionando a criação de milhares de empregos em toda a cadeia produtiva envolvida.
Este é um dos exemplos de como uma empresa com atuação nacional pode ser importante para a economia do País, ao prover infraestrutura básica para a realização de negócios.
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