sexta-feira, 16 de março de 2018

O lugar dos Correios é no coração dos brasileiros

Nos últimos dias diversas matérias reportaram problemas relacionados à Empresa. Quase todas concluíam a matéria, de forma rasa, com a observação de que a privatização seria a solução, ignorando a história de bons serviços e de sucesso que a Empresa ostentou por muitos anos, nos quais ela sempre foi pública.

Hoje a matéria nesse sentido foi trazido pela revista Veja (https://veja.abril.com.br/revista-veja/atraso-total/). Nesse caso, postamos um comentário que transcrevemos a seguir, para ilustrar o que pensamos a esse respeito. Até o momento em que conferimos pela última vez, o comentário não havia ainda sido divulgado pela revista. Talvez porque caminhe num sentido diferente da abordagem ali apresentada.

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Será que a privatização é mesmo a única ou a melhor saída para os Correios? Será que não seria possível profissionalizar a gestão, mantendo a natureza pública dos Correios, já que a estatal desempenha atividade típica de serviço público?

Ou será que no Brasil, mesmo com os avanços institucionais já ocorridos, como a Lei nº 13.303/2016, nunca teremos estatais bem geridas, sem interferências políticas?

Os Correios são uma das maiores empresas logísticas da América Latina, possuem uma infraestrutura consolidada cobrindo todo o País, serviços líderes de mercado desde sua criação, como o SEDEX, uma história de sucesso e de realizações que atesta a capacidade da organização de entregar valor para a sociedade e para os clientes. O resgate dessa história não depende da natureza da Empresa – pública ou privada, mas sim de uma gestão profissionalizada, do topo à base.

O lugar dos Correios é no coração dos brasileiros, entre a família e os bombeiros, compondo as três instituições mais admiradas pela população do país. E quem a administra, seja pública ou privada, deve saber que terá a imensa responsabilidade de recolocá-la aí e manter essa posição.  Deve saber que é uma instituição que tem um papel extremamente relevante a desempenhar, constituindo uma plataforma de comunicações, logística e serviços capaz de alavancar o desenvolvimento das empresas brasileiras, levando-as, inclusive, para o exterior.

Para isso tudo, a estatal tem que funcionar bem e ser muito bem dirigida. Tem que voltar a ser o ícone de qualidade que já foi, mesmo sendo pública. Tem que voltar a ser motivo de orgulho dos brasileiros e não de crítica ou de chacota.

Não dá para ser menos que isso!

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