Fazer Acontecer

A proposta da chapa formada por Marcos César e Barbosa para as eleições do Conselho de Administração da ECT é "fazer acontecer". Você saberá como isso se dará nessa entrevista com o candidato que encabeça a chapa.

Por que você quer ser conselheiro?

Por várias razões. Representar os empregados no mais alto órgão de administração da ECT é uma grande honra. Quero colocar minha experiência, como profissional que conta mais de 30 anos de trabalho em Diretorias Regionais e na Administração Central, à disposição de todos os colegas, para ajudar a defender ideais de uma Empresa mais forte, moderna, humana, participativa e com mais oportunidades para todos.

Como se daria uma contribuição concreta sua para as reuniões do Conselho de Administração?

O Conselho de Administração da Empresa é formado pelo Ministro das Comunicações, pelo Presidente da Empresa e por outros membros indicados pelo Governo. O conselheiro eleito precisará estar bem inteirado da situação geral da Empresa, de seus problemas operacionais, de seus negócios, da situação econômico-financeira e, especialmente, das questões que afetam mais diretamente o pessoal, para poder participar efetivamente das decisões, indo além do próprio voto. Pelos trabalhos que venho realizando e pelo conhecimento e acompanhamento permanente dos principais indicadores e projetos da Empresa, tenho convicção de que poderei representar bem todos os empregados, influindo nas decisões do Conselho de Administração, sempre na direção dos interesses da nossa coletividade.

Que experiência você tem para credenciá-lo a participar do Conselho de Administração?

Comecei a trabalhar na Empresa em 1981, quando me formei no Curso de Administração Postal e fui lotado na extinta Diretoria Regional de Ribeirão Preto.  Atuei regionalmente nas áreas de administração, comercial e de operações. Na Administração Central, trabalhei na área comercial, onde, por mais de seis anos, fui substituto do Diretor Comercial, oportunidade em que criamos vários serviços até hoje fundamentais para o sucesso da Empresa. Como coordenador do Programa de Encomendas, desenvolvemos serviços como o Sedex Hoje, o Disque Coleta e o Endereçador. No Departamento de Gestão de Produtos, e, mais recentemente, no Departamento de Inovação Empresarial, pudemos participar ativamente da formulação do planejamento estratégico e dos trabalhos técnicos que possibilitaram a emissão da Lei nº 12.490/11, do novo estatuto e das Portarias 566 e 567/11. Além disso, integramos os Grupos de Trabalho de Qualidade e de Responsabilidade Social. Essa experiência diversificada, aqui bem resumida, me permite hoje poder debater confortavelmente qualquer questão estratégica, com a segurança de quem conhece profundamente toda a legislação postal e está atualizado com relação à realidade da Empresa.

De que forma sua atuação no CA poderá beneficiar os empregados?

O Conselho de Administração é o Órgão mais elevado da Administração da Empresa. Todas as decisões mais importantes são deliberadas pelos conselheiros, tais como o programa de investimentos, que influencia a modernização tecnológica da empresa, a compra de veículos, as construções e reformas de instalações operacionais e administrativas, e os planos de desenvolvimento de novos negócios, que podem ampliar as oportunidades de aproveitamento e de desenvolvimento dos empregados da ECT.

Na discussão desses e dos demais temas afetos ao Conselho, estarei permanentemente atento aos impactos que as decisões trarão para os empregados, e, sempre que necessário, conversarei com os demais conselheiros para mostrar-lhes nosso ponto de vista.

Valerá a pena ser conselheiro?

Acredito na democracia, acredito na Empresa e acredito nos rumos que foram estabelecidos em nosso planejamento estratégico e na atual legislação postal brasileira. Acho que temos uma magnífica convergência de fatores positivos neste momento especial e quero muito poder contribuir mais para o aproveitamento dessas oportunidades pela ECT. Sei que o exercício do cargo exigirá muito de mim, mas estou disposto a me empenhar ao máximo para fazer acontecer. A resposta, portanto, é que valerá sim a pena, especialmente porque nosso sucesso será a consagração de uma fórmula que tem a efetiva participação de todos os empregados como ingrediente principal. Isso é muito motivador!

Como você vê a atual legislação postal?

Temos no Brasil uma grande liberdade de atuação para os Correios. A Lei nº 12.490/11 abriu para a Empresa as portas que faltavam em termos de serviços, de âmbito de atuação e de organização empresarial. Sem ela, a tendência seria o progressivo encolhimento da ECT nos próximos anos, já que, como aconteceu em outros países, por aqui também deve haver uma gradativa queda na postagem de cartas. E, no segmento de encomendas, teremos uma concorrência cada vez mais ativa, com as grandes multinacionais reforçando sua posição por aqui, inclusive com aquisições de grandes transportadoras, como já estão fazendo. Felizmente, porém, com a atual legislação poderemos avançar e promover o crescimento da Empresa em vez de assistir seu encolhimento, o que interessa diretamente a todos os empregados, que terão, assim, seus empregos protegidos.

E os compromissos da Empresa, de universalização e de entrega?

As Portarias 566 e 567 trazem nossos compromissos com relação a esses itens. Em resumo, precisaremos estar presentes, com atendimento, em todos os municípios até o final de 2012 e ir avançando com a distribuição postal dos 82% de 2010 até 85% em 2015. Pode parecer pouco para alguns, mas especialmente a expansão da entrega representa um desafio expressivo para a ECT, que terá que se desdobrar, inclusive contratando Carteiros para atender as novas regiões a serem cobertas e também para assegurar a cobertura de áreas que vão se desenvolvendo ao redor das atuais. O sucesso de programas governamentais como o Minha Casa Minha Vida tem acrescentado ingredientes, como o rápido surgimento de novos bairros, que agravam ainda mais a necessidade de ampliação do quadro de Carteiros. Precisaremos estar atentos para assegurar o cumprimento desses compromissos, que, em essência, representam a razão de ser da existência da ECT como empresa pública, mas isso deverá se dar com o correto dimensionamento e a adequada reposição de efetivo e não com o sacrifício dos Carteiros e Atendentes, submetidos a cargas de trabalho além de suas possibilidades.

O que você comentaria sobre o novo estatuto da Empresa?

O estatuto da ECT é um dos mais modernos da administração pública brasileira. Ele foi um dos primeiros a trazer a previsão de haver um membro do Conselho de Administração eleito pelos empregados, nos moldes da Lei nº 12.353/10. Diferentemente do que acontecia antes, quando vivíamos esbarrando em limitações decorrentes de nossa legislação anterior, hoje temos um estatuto que nos desafia a evoluir como Empresa, pois nos abre uma série de possibilidades de atuação ainda não exploradas. Podemos começar a atuar no exterior, expandir os serviços de correio digital, financeiros e de logística integrada, e ainda ter participações em outras empresas. Tudo isso será fundamental para a Empresa nos próximos anos e já está contemplado no estatuto.  Para os empregados, é importante que a Empresa já tenha um estatuto assim, pois poderemos cobrar da direção da Empresa o cumprimento de tudo o que lá está previsto.

Como você vê o papel do CA em relação à direção da ECT?

Entre os principais papéis de um Conselho de Administração estão a orientação, o acompanhamento e a cobrança do desempenho da direção, de forma a assegurar que o planejamento estratégico seja cumprido.  No Conselho, estaremos atentos ao cumprimento de todas as estratégias e ações planejadas, especialmente aquelas que, de uma forma ou outra, tenham impacto significativo junto aos empregados.

Você fala muito da Empresa. Sua posição no Conselho de Administração não será de representante dos empregados?

O Conselho de Administração é Órgão de direção superior e funciona de modo colegiado, onde o voto de cada conselheiro tem o mesmo valor e onde a pauta de temas passa por todos os assuntos de maior importância na vida da ECT. Não há, portanto, como falar da atuação do conselheiro sem mencionar a Empresa. A novidade é que estarei sempre considerando os interesses, as oportunidades e os impactos das decisões para os empregados e trazendo para consideração do colegiado essas preocupações, o que não acontecia até então porque não havia um membro do CA eleito pelos empregados.

Em poucas palavras, como você define sua plataforma?

- Propor e apoiar ações, projetos  e decisões que fortaleçam a Empresa, contribuindo para seu crescimento e para o bem-estar de seus empregados.

- Demonstrar que os interesses dos empregados podem ser conciliados com os interesses empresariais, de forma que o desenvolvimento da ECT se dê pela capacitação e desenvolvimento, pela valorização e pleno aproveitamento das pessoas, em todos os níveis, e nunca por sua exploração ou discriminação.

- Sustentar que a ECT possui pessoas qualificadas para liderar os projetos e ações necessários à construção do futuro da Empresa.

- Motivar e unir os ecetistas, na causa comum de construir uma Empresa cada vez mais forte.

- Fazer acontecer!