Enquanto aguardamos a designação, pelo Presidente da República, do novo Presidente dos Correios, e a eleição de novos Vice-Presidentes pelo Conselho de Administração, compartilharemos com os colegas e leitores nossa visão e nossas expectativas sobre o perfil e a atuação futura dos novos dirigentes da Empresa.
Inicialmente, reforçaríamos o que temos defendido em postagens anteriores: é fundamental para os Correios que, como ocorreu recentemente em outras estatais, se façam escolhas técnicas para a composição da Diretoria Executiva.
Isso pode parecer um lugar comum, a solução para todos os males, ou algo nessa linha, mas no caso dos Correios poderá fazer uma enorme diferença, como procuraremos explicar a seguir.
A Empresa passa por um momento singular de sua história, que traz riscos para a própria sobrevivência da organização e que demandará muito de cada um dos dirigentes. Não será possível, como já ocorreu diversas vezes no passado, esperar um ciclo de aprendizado de pelo menos um ano para que o novo dirigente entenda sua área. Precisamos de dirigentes que já conheçam profundamente suas áreas de atuação e que possam começar, já no primeiro dia, a atuarem no enfrentamento e solução dos problemas vividos por sua respectiva área e pela Empresa como um todo. Para isso, precisarão reunir formação, conhecimento, experiência e desempenho anterior adequados. Meias-soluções não servirão.
Precisamos também de um Presidente que compreenda os desafios atuais e acredite na Empresa, como uma organização de Estado indispensável ao País, um patrimônio dos brasileiros que precisa ser bem administrado e cuidado, para que prossiga sua história de sucesso.
Temos convicção de que uma boa direção executiva pode modificar o quadro atual de desequilíbrio financeiro vivido pela Empresa, assim como melhorar os níveis de qualidade dos serviços. Esses não são objetivos inatingíveis para um grupo tecnicamente preparado.
Se, porém, o caminho escolhido for outro, e as indicações políticas se sobrepuserem, podemos esperar, infelizmente, o agravamento da situação da Empresa.
O Governo tem a oportunidade de escolher bem. Esperamos que faça isso.
O que o Correios menos precisa neste momento é de políticos precisa sim é de técnicos.
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