Neste final de semana, tive oportunidade de ler mais um excelente artigo de Lia Luft, na revista Veja. No artigo “Aulas de mediocridade”, Lia aborda um projeto financiado parcialmente pelo Ministério da Cultura que banca a edição de livros de autores clássicos, como Machado de Assis, “facilitados”. “Facilitar” no contexto do projeto consiste em reescrever o clássico, substituindo palavras ou até reescrevendo frases inteiras, para “facilitar o entendimento”.
A partir do caso desse projeto, Lia passa a abordar a mediocridade paulatina e permanente de tantos setores no Brasil.
Ao ler o artigo, não pude deixar de me recordar das reflexões que temos feito a respeito dos perversos efeitos das mudanças introduzidas em nosso MANPES – Manual de Pessoal, para “facilitar” a escolha de gestores. A redução de requisitos, a criação de mecanismos de excepcionalização e a falta de supervisão estratégica tornaram possível na Empresa a escolha de pessoas despreparadas para o exercício de funções de confiança, já que a pontuação mínima exigida na nova sistemática é ínfima e não mínima. Pior ainda – possibilitaram que, em alguns locais, técnicos experientes fossem encostados para abrir espaço a designações com base em afinidade política ou de outra ordem.
Assim como no ensino uma boa formação é importante para se ter profissionais devidamente preparados, numa empresa é necessário que as lideranças sejam escolhidas por critérios meritocráticos, considerando fatores relevantes como a experiência, a formação e o desempenho. Atalhos e facilitações não são boas práticas para uma nação nem para uma empresa.
Marcos, enquanto a empresa manter essas pessoas que indicam por paternalismo, política ou afeição, ou mesmo por chantagem funcional, existirá essas divergências nos critérios.
ResponderExcluirÉ como a Máfia, onde, se você não seguir seus preceitos, será excluído do sistema.
A renovação deve vir de cima para baixo, novos gestores, avaliadores, profissionais qualificados e idôneos, que não sofram interferências políticas, de gestores protecionistas.
Rogério Nunes
Apoiado 100%!
ResponderExcluirEm alguns setores a política manda mais que a competência.
O mais triste de tudo nesta degradação que ocorre nos Correios é verificarmos que os Sindicatos estão dominados e enebriados pelo poder e nenhum protesta contra esta bandalheira que está ocorrendo nas designações das funções de Chefias, Gerentes, Assessores, Diretor Regional em todas as DRs, com ênfase maior aqui na DR SPI , exceto o Sindicato de São José do Rio Preto que sei que não concorda com isto. Aguardo os demais Sindicatos e se pronunciarem pois sindicalistas são eleitos para defender seus representados e não para buscar função na Empresa ou será que muitos dirigentes sindicais destes outros Sindicatos silenciam porque estão aguardando suas designações também?
ResponderExcluirSó tem um jeito de resolver isso e chama-se: URNA.
ResponderExcluirMinha sugestão é que se acabe as indicações políticas em todos os órgãos e empresas do governo, isto diminuiria intensamente a corrupção e a falta de critérios de escolha, seria um grande ganho para empresa e principalmente para sociedade.
ResponderExcluirEu bem sei o que significa isso, com 30 anos de serviços prestados a esta grande empresa com pelo menos 15 anos no exercício de uma função, fui dispensada não por não corresponder a expectativa do DR, mas simples e claramente pela indicação politica em detrimento do trabalho técnico.
ExcluirO RS SEMPRE TRABALHOU NO VERMELHO COM OS TECNICOS (PROFISIONAIS), NOS ULTIMOS 12 ANOS O RS DA LUCRO, DISCRIMINAÇÃO ESTE É O NOME DADO E VOCÊ DIZ SER ELEITO PELOS """TRABALHADORES"""", NÃO, VOCÊ FOI ELEITO PELOS TECNICOS""PROFISIONAIS""" E DIGO MAIS, BANDALHEIRA EXISTIA NOS TEMPOS DOS MILITARES, TUDO ACONTECIA E NADA SE SABIA, ESTA É A DIFERENÇA, NÃO SEI NEM PORQUE TO DANDO MORAL A ESTA PAGINA QUE NÃO CONTRIBUI EM NADA PARA A UNIFICAÇÃO DOS TRABALHADORES, SOMENTE DIVIDE E TE DIGO MAIS TU NÃO ME REPRESENTA....
ResponderExcluir"""CRITICA SÓ É BOA, QUANDO A CONTRA CRITICA É ACEITA""""
Colega antes de falar sobre periodo militar quer seja do BR ou da ECT, aqueles que estiveram lá sabem que ocorreram erros, torturas, assassinatos, justiçamentos, ocultação de cadáveres e sequestros de brasileiros e estrangeiros. Não se nega que os militares erraram, mas se nega que os militantes de esquerda erraram. Não se puniu os militares, não se puniu os militantes de esquerda. Os militares não receberam prêmios e até hoje são estigmatizados, os militantes de esquerda foram indenizados e transformados em heróis da democracia. Mas todos sabem que queriam impor ao país uma ditadura comunista, a maioria não menciona isso por simples e pura COVARDIA, medo de não ser aceito nos círculos da moda, dos politicamente corretos.
ExcluirProcure saber melhor sobre sua empresa quer seja do passado ou presente e verá que existem muitas coisas atualmente erradas.
Ao colega anônimo que não se sente representado:
ResponderExcluir1. Um representante, por mais que se esforce, jamais vai conseguir representar todas as visões e pensamentos de seus representados, até porque sempre haverá diversidade nesses.
2. O julgamento de nosso trabalho é feito de forma transparente, inclusive aqui no blog. Respeito sua opinião, assim como a dos demais colegas.
3. Nunca almejamos a “unificação dos trabalhadores”, mas sim compreensão das diversas opiniões e aspirações e, a partir disso, tentar expressá-las em nossos posicionamentos.
4. Há pontos que pessoalmente abominamos e que nosso posicionamento será firme e rigoroso. O aparelhamento político-partidário disseminado em algumas dependências, por exemplo, é algo que combateremos contundentemente, porque não temos nenhuma dúvida do mal que isso está trazendo para a ECT e para os colegas que esperam encontrar na ECT oportunidades justas de carreira e de realização profissional.
5. Lamento não representá-lo. Mas me orgulho muito de receber diariamente mensagens no sentido exatamente oposto.
Boa Marcos, esse é mais um "pau mandado" a desserviço dos que querem sugar o que resta da ECT e entregar à privatização em breve.
ExcluirOs profissionais de bom senso e qualificados certamente terão espaço na iniciativa privada quando essa empresa estiver vendida.
Quanto aos despreparados, sanguessugas, semianalfabetos, sindicalistas encostados em partido político tentando ser alguém na empresa, ficarão ainda mais dependentes da política podre para ganhar dinheiro quando a ECT acabar, e seguirão sua vidinha de m*, medíocre e inútil em alguma prefeitura governada pelo partido.
Empregado técnico faz a empresa crescer, sustentar, mas infelizmente não dá voto para ninguém. Por isso, essa caça aos técnicos e a valorização do analfabeto que busca voto para eleger esses que vemos por aí. Isso vai acabar com as estatais, logo, logo.
Gostei muito do artigo.
ResponderExcluirPrecisamos de meritocracia e não de mediocridade.
Carmen Doca
A liberdade só é efetiva quando o pensamento é livre.
ResponderExcluirQuem hoje está no poder apregoava isso, mas ao assumir o poder faz pior do que seus antecessores.
Como dizem:
Se deseja conhecer o caráter de alguém, dê-lhe poder!
Por que a ECT não compareceu na audiência sobre o julgamento do Recrutamento interno?
ResponderExcluirPROCESSO:
01413-2013-014-10-00-2
AUTOR:
Ministério Público do Trabalho (MPT)
RÉU:
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
Em 30 de maio de 2014, na sala de sessões da MM. 14ª VARA DO TRABALHO DE BRASÍLIA/DF, sob a direção da Exmo(a). Juíza THAIS BERNARDES CAMILO ROCHA, realizou-se audiência relativa ao processo identificado em epígrafe.
Às 19h38min, aberta a audiência, foram, de ordem da Exmo(a). Juíza do Trabalho, apregoadas as partes.
Ausente o(a) autor(a) e seu advogado.
Ausente o(a) réu(ré) e seu advogado.
Se o critério para funções for experiência, nunca teremos inovação na empresa.
ResponderExcluirSou a favor de encostar os técnicos experientes e trazer sangue novo para a administração.
O que vejo na nossa empresa são pessoas que estão há 20,30 anos no comando e não aceitam a renovação. Além disso é natural que toda vez que houver mudança política sejam nomeadas pessoas da confiança do governo.
Se você administrar um negócio, vai trazer para funções de confiança amigos ou inimigos?
O comentário postado pelo colega que não se identificou suscita algumas reflexões:
ResponderExcluira) A primeira delas se refere à ideia de que ao se pensar em posições de liderança (chefia) tratamos de "funções de confiança" e, por isso, as escolhas devam recair sobre quem é "de confiança" da chefia do momento. Não pensamos que se trate disso. As Funções Gratificadas ou de Chefia deveriam ser ocupadas por pessoas devidamente preparadas, com cargos e formação adequados, e, especialmente, histórico de bons resultados na Empresa, o que também pode ser chamado de experiência (que não se restringe a muitos anos de casa). A "confiança" aqui, se quisermos usar o termo, deveria ser da organização, da Empresa e não da chefia.
b) A inovação numa empresa depende de uma série de fatores, incluindo a possibilidade de novos trabalhadores estarem integrados com trabalhadores mais experientes no dia a dia, de forma a se poder evoluir a partir do conhecimento acumulado. A grande maioria das inovações empresariais são evoluções e não revoluções, além de muito dificilmente surgirem do nada. c) Assim como os novos trabalhadores, que entregarem resultados destacados para a Empresa devem ter oportunidade de ir evoluindo em suas carreiras, também os empregados mais antigos precisam continuar tendo perspectivas de evolução a partir sempre dos resultados que apresentarem. O desenvolvimento precisa estar presente para todos, meritocraticamente distribuído. E a política tem seu lugar reservado - do lado de fora da Empresa.
Como anda o Programa de Retenção de Talentos, o qual foi extinto pela ECT em maio último e que, segundo a empresa, seria objeto de discussão na Mesa de Negociação Permanente e, pelo visto, nem figurou no ACT 2014/2015?
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