A necessidade de
adequada qualificação técnica da direção tem sido o ponto mais destacado em
diversas de nossas últimas postagens e também nas conversas com nossos colegas.
Estamos certos de que a Empresa só terá alguma chance de voltar ao equilíbrio
se contar com uma direção tecnicamente muito preparada. Temos sido enfáticos em
afirmar que se isso não acontecer, a Empresa não terá futuro.
Hoje, felizmente,
ouvimos do Presidente da República em exercício, frases como:
"Mandei hoje
paralisar toda e qualquer nomeação ou designação para diretoria ou presidência
de empresa estatal ou fundo de pensão, enquanto não for aprovado o projeto que
está na Câmara, já aprovado pelo Senado, e que dispõe que só serão indicados ou
nomeados pessoas com alta qualificação técnica." e
"Não haverá
indicação de outra natureza que não seja a qualificação técnica e
preferencialmente pertence aos quadros das empresas estatais."
Esperamos que as
declarações do Presidente da República se materializem de fato nos Correios, de
maneira que a Empresa possa vislumbrar a tão necessária “luz no fim do túnel”.
Selecionamos algumas
das menções desse tema em nossas postagens recentes no blog, para melhor
ilustrar como consideramos importante essa decisão que o Governo Federal nos
sinaliza nesse momento.
* * *
“Privatização, o que pensa o
conselheiro”, publicada em 03/06/2016
Não poderemos mais conviver por aqui com dirigentes que não sejam especialistas em suas áreas, que não apresentem rapidamente resultados concretos em termos de melhoria de receitas e de redução de despesas, pois uma estatal deficitária é um peso que o Estado tem sempre dificuldade de carregar.
Para mudar esse quadro, precisaremos, principalmente, de uma direção tecnicamente qualificada. Não contar com uma direção assim, ou, pior ainda, continuar contando com indicações políticas para dirigentes é a grande ameaça neste momento para a vida da Empresa, pois a situação de equilíbrio não será alcançada se os dirigentes não forem muito competentes.
Não se trata de corporativismo e nem mesmo de defesa pura e simples dos técnicos de carreira, pois, embora sempre tenhamos dito que temos quadros excelentes na Empresa para cobrir todas as posições de gestão, imaginamos que eventualmente algumas posições possam ser confiadas a profissionais trazidos do mercado, desde que esses sejam especialistas no que vão fazer e tragam experiência e conhecimento novos para a organização. Não tem sido assim.
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“Nova Gestão – Expectativas”, publicada em
31/05/2016
Temos convicção de que uma boa
direção executiva pode modificar o quadro atual de desequilíbrio financeiro
vivido pela Empresa, assim como melhorar os níveis de qualidade dos serviços.
Esses não são objetivos inatingíveis para um grupo tecnicamente preparado.
Se, porém, o caminho escolhido for
outro, e as indicações políticas se sobrepuserem, podemos esperar,
infelizmente, o agravamento da situação da Empresa.
O Governo tem a oportunidade de
escolher bem. Esperamos que faça isso.
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“Não estamos em greve!”, publicado em 21/05/2016
É necessário que
isso mude, que os dirigentes da organização sejam escolhidos entre pessoas que
realmente entendam das áreas que comandarão e que o façam com responsabilidade.
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“A doença do aparelhamento político-partidário na Postal Saúde”, publicada em 18/05/2016
Os Correios possuem
um quadro de pessoal diversificado e competente. A Empresa não precisa de
leigos procurando remos quando deveriam saber previamente como pilotar um
transatlântico.
Só uma gestão técnica
pode salvar os Correios, sua subsidiária CorreiosPAR e as ligadas Postalis e
Postal Saúde. Sem isso é mais do mesmo e nenhum futuro à frente para a Empresa,
para os trabalhadores e para o País, que sucumbirão à sanha do fisiologismo.
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“Sobre a matéria de
O Globo, que trata de abertura de capital dos Correios”, publicada em 15/05/2016
A correção de rumos
nos Correios, tanto no aspecto econômico quanto em qualidade de serviços,
passará, necessariamente, por termos gestão técnica na Empresa, do topo à base.
Assim, independentemente do rumo que se dê no futuro às estatais em geral ou
aos Correios em particular, é fundamental que o novo governo perceba que não
deve descuidar de escolher bem os dirigentes que aqui vai colocar e também de recomendar-lhes
que reintroduzam na Empresa práticas que valorizem a técnica, a experiência e o
desempenho, deixando de lado critérios políticos ou de outra ordem para
escolher líderes.
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“Por que defendemos
com tanta ênfase a gestão técnica”, publicada em 13/05/2016
Nem
o Estado nem suas empresas foram feitos para "acomodar apaniguados".
Foram feitos para servir à sociedade e para prestar bons e efetivos serviços
aos cidadãos. E, para isso, precisam de bons servidores, selecionados por
concurso público e devidamente motivados por planos de carreira justos e por
sistemas de avaliação que valorizem o bom desempenho.
Qualquer
governo ou direção de estatal que se preze precisa compreender isso e agir para
que a meritocracia, o desempenho, a qualificação voltem a ser considerados na
escolha de dirigentes, gestores e líderes. Sem isso, continuaremos numa espiral
descendente em qualidade e resultados e nem o País nem a Empresa terão futuro.
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“Veja - FIESP propõe
venda de participação em estatais”, publicada em 1º/05/2016
A boa gestão,
tecnicamente construída, é imprescindível para qualquer organização, independentemente
de quem controle seu capital. Isso vale tanto para uma empresa de economia
mista quanto para uma estatal ou para qualquer outra empresa.
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“A solução para muitos males”, publicada em
22/04/2016
É necessário que a
questão da profissionalização da gestão das estatais, dos fundos de pensão e
até mesmo dos órgãos do Governo Federal (administração direta) seja colocada em
primeiro plano dentre as prioridades dos brasileiros. Não dá mais para esses
locais serem vistos como cabides de emprego, como oportunidades para alojar
compadres, parentes e correligionários, porque esse processo acaba por destruir
as próprias organizações.
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