Nesta matéria, o autor trata da importância da valorização da experiência na Empresa e do adequado aproveitamento dos trabalhadores.
O texto a seguir foi produzido especialmente para os trabalhadores dos Correios.
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O valor da
experiência
Por Marcos César Alves Silva
Analista de Correios Senior
O capital humano disponível na ECT sempre foi o seu principal ativo. Trabalhadores dedicados e competentes, forjados no trabalho diário de levar aos brasileiros milhões de objetos postais, são os atores principais do espetáculo diário de fazer acontecer correios.
Analista de Correios Senior
O capital humano disponível na ECT sempre foi o seu principal ativo. Trabalhadores dedicados e competentes, forjados no trabalho diário de levar aos brasileiros milhões de objetos postais, são os atores principais do espetáculo diário de fazer acontecer correios.
Na ECT, como em outras empresas, após vários anos de serviço
os trabalhadores acumulam experiência valiosa, construída a partir da superação
diária de inúmeros obstáculos. Esta experiência, bem aproveitada, faz diferença
no cotidiano da Empresa e é responsável por grande parte dos bons resultados da
organização.
O comprometimento com resultados e a sabedoria de
experientes trabalhadores adicionados à força e vitalidade dos que iniciam sua
carreira na Empresa compõem um cenário harmônico, no qual bons resultados são a
consequência a ser esperada.
Infelizmente, porém, quando a gestão, em nível local,
regional ou corporativo, não percebe esse contexto ou quer ignorá-lo, essa
harmonia pode ser comprometida; a experiência acumulada passa a ser uma ameaça ou
um obstáculo para mudanças oportunistas e os trabalhadores mais experientes são
colocados de lado. Mais grave ainda: em muitos casos, essa retirada não ocorre
para promover jovens talentos, mas sim para favorecer alguns que melhor se
alinham às convicções ideológicas ou políticas do respectivo gestor.
Com esse tipo de conduta, a Empresa perde muitas vezes.
Perde a experiência do trabalhador com mais tempo de trabalho, que sai da linha
de frente e vai para o banco de reserva, apesar de ainda estar apto para
prosseguir jogando bem por muito tempo. Perde na qualidade de gestão, que vai
se deteriorando, à medida que os trabalhadores vão percebendo que os valores
que motivam a ascensão profissional não são o bom trabalho e a dedicação demonstrados
ao longo do tempo, mas sim um alinhamento que nada tem a ver com os objetivos
empresariais. Perde na evasão de trabalhadores que, ao perceberem este contexto
de não valorização da experiência e da dedicação, preferem buscar oportunidades
profissionais fora da Empresa.
Quando virmos, portanto, um trabalhador experiente encostado
ou subaproveitado, estaremos observando, com muita probabilidade, o resultado
de uma gestão deficiente e não um profissional que se acomodou, como alguns
pregam para tentar justificar seus atos.
Uma grande empresa valoriza seus trabalhadores, valoriza a
experiência, valoriza a existência de boas regras de ascensão profissional e dá
oportunidades de crescimento para todos.
Bastante rica em conteúdo e mesmo corajosa a reflexão, especialmente o penultimo parágrafo. Será que a Empresa tem canais eficazes para dar suporte à vítima de assédio moral? O custo da ineficiência e do dano ao clima organizacional que ocorre nesses casos é alto.
ResponderExcluirMarcos César,
ResponderExcluirTexto muito interessante e alinhado aos melhores e mais modernos estudos da área de recursos humanos que valorizam o Capital Intelecual e o trata como um ativo importante para transformar os desafios do ambiente empresarial em oportunidades de sucesso.
Marcos Cesar
ExcluirExcelente matéria. Mostra a realidade pela qual passa a nossa empresa. Em algumas Diretorias com maior ou menor grau. Os senhores gestores devem refletir melhor e deixar tal prática em não valorizar a mão-de-obra da sabedoria. Parabens Marcos.
Realmente Marcos voce esta de parabéns, pois este texto é de importancia impar e que todos possam refletir na iguaria destas palavras tão bem colocadas e com isso repensar o relacionamento humano e profissional.
ResponderExcluirMarcos César, bom dia!
ResponderExcluirParabéns pela reflexão que redesenha verdadeiramente o caminho estratégico e necessário para os novos tempos. Onde a nossa empresa Correios precisa atender os pilares definidos para a sua nova identidade Corporativa: Negócio, Missão, Visão e Valores. Alinhando fortemente teoria e prática, sem desvalorizar o seu maior capital: Pessoas e sim investir em desenvolvimento e crescimento profissional!
Angelina Ribeiro de Sousa
Realmente, o texto inicial retrata o que acontece em muitas áreas da ECT. O resultado disso é apenas um: desmotivação. O que os gestores precisam entender é que a valorização das pessoas é essencial para que todos possam dar o melhor de si, que tenham mais responsabilidade e comprometimento na execução das tarefas que lhes são confiadas. Deixar as pessoas mais experientes de lado, simplesmente vai acarretar em mais dificuldade para resolver as questões do cotidiano, desde às mais simples até àquelas mais complexas e, com isso quem perde mais é a própria empresa. O que acontece na ECT é que muitas pessoas não estão preparadas para assumir a função de chefia, pois não sabem respeitar as pessoas. E isso é essencial para uma boa gestão. Vera (DR/SPM).
ResponderExcluirAtualmente na ECT, presenciamos a degradação da Empresa promovida ao longo dos últimos 10 anos.
ResponderExcluirPessoas com experiências e experientes estão simplesmente deixada de lado e trocadas por pessoas alinhadas a condições político/partidária.
Conhecimento e experiência nos dias de hoje não significam nada e daí estamos vendo a Empresa ser levada para um abismo.
Odair Abidão Soares
Um exemplo de que a empresa anda na contramão deste texto é o que fizeram com vários profissionais da área financeira. Nos anos de 2004 e seguintes a empresa gastou fortunas com deslocamento e hospedagem para treinar profissionais na área tribútária e agora centralizou a área financeira, deixando profissionais altamente qualificados serem alocados em outras áreas das Regionais. Alguns tiveram sorte de serem bem aproveitados, outros ficaram ao dispor de Diretores que, se o profissional se alinhar aos objetivos políticos destes, se deu bem, se não, ficou como descrito no penúltimo parágrafo do texto acima. Um desperdício de dinheiro e de conhecimento.
ResponderExcluirGostei da matéria e do conteúdo.
ResponderExcluirRepito Mais uma vez minha pergunte recorrente sobre progressão profissional na ECT após o PCCS.
ResponderExcluirNada de evolução profissional.
Algum novidade?