Temos recebido inúmeras mensagens de colegas indagando a respeito do futuro do Banco Postal. Assim, para que todos conheçam nosso posicionamento pessoal sobre o assunto, trataremos disto, de forma bem resumida, nesta postagem.
Inicialmente, consideramos importante destacar que o segmento de serviços financeiros postais é muito importante para inúmeros correios do mundo, constituindo até mesmo a principal fonte de receita para alguns. Em média, de acordo com dados da UPU, o segmento responde por cerca de 17% das receitas das organizações postais. Não é, portanto, um segmento a ser deixado de lado.
No Brasil, algumas características do País tornam essa atividade ainda mais importante. A diversidade regional é uma delas. Temos municípios e regiões sem agências bancárias, nas quais o banco postal exerce um papel muito importante para a vida das pessoas, que, sem ele, teriam que se deslocar até outras localidades para receber seus proventos e benefícios, consumindo tempo e dinheiro nesse processo, sem contar o fato de que a presença do banco postal sempre dinamiza a economia local.
Quanto à forma de atuação, pensamos que o modelo de parceria com um banco (correspondente bancário) seja uma delas, mas não a única viável. Em outros correios há operações diretas (os correios possuem um banco ou são sócias de um) ou então a prestação de serviços para diversos bancos, como acontece, por exemplo, na Austrália. Certamente, o mais simples seria continuar como correspondente bancário, devido à experiência acumulada, mas não descartaríamos a possibilidade de a Empresa vir a explorar outras alternativas no futuro.
Com relação aos problemas operacionais vividos pelo banco postal, como assaltos, por exemplo, entendemos que se trate realmente de uma questão que precisa ser enfrentada, principalmente com a articulação das diversas instâncias de segurança pública, posto que se trata de uma problemática que abrange não só o banco postal, mas os próprios bancos e outros estabelecimentos comerciais. Tomar esses problemas como causa para, por exemplo, desativar o banco postal, nos parece um caminho ruim, que acabaria inviabilizando economicamente inúmeras agências e, por consequência, os resultados da Empresa e uma de suas características estrategicamente mais valiosas, que é a presença nacional.
Esperamos que a Empresa supere logo a atual etapa de indefinição quanto à parceria e possamos concentrar esforços no atendimento dos clientes que preferem fazer suas transações bancárias em nossas agências, por se sentirem mais em casa por aqui ou por verem mais conveniência nisso.
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