sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Inchaço e Banalização

Em artigos e postagens anteriores, abordamos nosso posicionamento a respeito de temas como meritocracia, a importância da experiência e também política & gestão.
No artigo "Meritocracia", comentamos um caso que observamos noutra empresa. Alguns colegas, na ocasião da publicação, nos cobraram que comentássemos também a situação crítica do tema na Empresa.
No artigo "O valor da experiência", defendemos que "uma grande empresa valoriza seus trabalhadores, valoriza a experiência, valoriza a existência de boas regras de ascensão profissional e dá oportunidades de crescimento para todos".
E no artigo "Política & Gestão", postulamos que "numa empresa os trabalhadores devem saber que serão reconhecidos por seu trabalho, por sua dedicação, por sua competência e não por suas ligações político-partidárias". 
Recentemente, recebemos um ADCAP NEWS, informativo da ADCAP - Associação dos Profissionais dos Correios, entitulado  "Inchaço e Banalização", cujo conteúdo está em linha com diversas manifestações que temos recebido de nossos colegas. Assim, para aqueles que não tiveram ainda a oportunidade de ler a referida publicação, reproduziremos parte dela a seguir. O original pode ser acessado no link.

Inchaço e Banalização
20/01/2014
  
A direção da ECT trouxe mais uma pessoa de fora para atuar na ECT como Analista XI, conforme DOU de 15/01/2014, abaixo transcrito.

Como ocorreu em outras situações, não se trata de especialista em temas postais, mas em mais uma servidora de outro órgão, neste caso o SERPRO com passagem também pelo Ministério do Planejamento, que conhece alguém da direção e que vem para a ECT ocupar uma alta função, ampliando um salário recebido no órgão de origem em 344%, em detrimento dos milhares de técnicos que, mesmo depois de dezenas de anos de dedicação à Empresa, não alcançaram a função de Analista XI (a antepenúltima da carreira técnica).

 
Cada servidor que a ECT recebe nestas condições custa desnecessariamente para a Empresa em torno de meio milhão de reais por ano. A julgar pela proliferação de funções na Administração Central e pela quantidade de pessoas cedidas ou contratadas diretamente do mercado, sem concurso público, banalizando a ocupação das mais elevadas funções, a direção da Empresa não se preocupa com a despesa adicional, deixando de zelar pela correta aplicação dos recursos públicos. Ao subtrair oportunidades de carreira dos empregados do quadro próprio, menospreza um dos valores mais importantes da identidade corporativa da ECT: a meritocracia.

A ADCAP não concorda com a contratação sem concurso público e nem com a colocação de pessoal externo em altas funções na Empresa. Os milhares de profissionais de nível superior e técnico da ECT são suficientes e competentes para cobrir todas as funções da Empresa, como sempre ocorreu anteriormente e, por isso, a ADCAP continuará denunciando essa prática nociva e danosa em todas as esferas.

Num momento em que os resultados da Empresa não são os melhores, o mínimo que se pode esperar é que a direção tenha o bom senso de cessar imediatamente essa prática, que pulveriza anualmente dezenas de milhões de reais desnecessariamente. Seria uma boa e saudável economia!

...

6 comentários:

  1. Exato. Recentemente participei de um RI e durante a entrevista alertei os envolvidos sobre a mão de obra qualificada que a ECT tem e joga fora. Usando por exemplo pessoas com nível superior para realizar atendimento (agentes/técnicos), quando esses profissionais poderiam render muito mais em outras áreas realizando outros serviços e sendo melhor remunerado, pois o reconhecimento que o profissional mais quer é o reconhecimento salarial, não há porque mentir aqui.

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  2. Marcos,
    É qual o teu posicionamento a respeito do assunto "Inchaço e Banalização" ? Isso é colocado durante as reuniões do Conselho?

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  3. Existem técnicos com vasto conhecimento, que muito contribuem para que a empresa possa atingir as suas metas, mas na hora em que há possibilidade de conseguir uma promoção, isso simplesmente não conta. Mesmo nos empenhando ao máximo, a gente participa de um RI, vai bem na prova escrita e depois simplesmente "não somos aprovados na análise de perfil". Além disso, recebemos essas notícias quanto às contratações de pessoas que nada tem a ver com a empresa, para desanimar ainda mais e deixar a todos realmente desmotivados. Infelizmente, cheguei à conclusão de que anos de dedicação e comprometimento não significam nada para a ECT. É uma pena!
    Vera (DR/SPM).

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  4. Nas reuniões do CA, sempre que possível, abordo questões como meritocracia e a qualidade dos técnicos da Empresa.

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  5. Por falar em carreira técnica. Fui TAV Júnior por 5 anos, sou TAV Pleno por 10 anos. Quando terei a oportunidade de ser TAV Sênior?
    Márcio Chaves de Queiroz

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  6. Bom, esse descaso não é de hoje. Há 5 anos acupava uma função de sub-gerência galgada por meio de PSI e, simplemente, fui substituido para dar lugar aos apadrinhados da Diretoria. Como se não bastasse, entreguei no último dia 04/02/2014 minha função de chefe de seção em repúdio a alteração do MANLIC que tirou a responsabilidade de assinatura dos contratos do DR e passou para o chefe de seção....´

    Eduardo Heitor DR/RO.

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