Na última reunião ordinária do Conselho de Administração, aprovamos o encaminhamento ao Ministério das Comunicações de uma proposta de atualização de tarifas postais. Trata-se de uma medida indispensável, pois a defasagem provocada pelo represamento dessas tarifas por dois anos, seguida de recomposição apenas parcial, tem sido responsável por perda substancial de receitas pela Empresa. Em 2014, essas perdas superaram os R$ 530 milhões.
Desde o início de nossas atividades no Conselho de Administração, temos ressaltado a importância de se dar atenção a esse tema, pois sabemos como um atraso ou uma recomposição parcial podem afetar os nossos resultados econômicos, com reflexos graves para a Empresa e para os próprios trabalhadores. Infelizmente, porém, por decisão da área econômica do Governo Federal, a atualização não foi aprovada no tempo correto, estamos agora com os resultados econômicos da Empresa deprimidos e temos uma defasagem a ser corrigida com urgência, sob pena de se passar a ter no Brasil mais uma estatal que dependerá de aportes do Tesouro para sobreviver, algo absolutamente inusitado na história dos Correios, que sempre produziu os recursos para se manter e até para oferecer dividendos à União.
Esperamos, portanto, que a área econômica do Governo Federal tenha agora a sensibilidade de compreender que as tarifas postais são calculadas com margens bem apertadas e que a metodologia de atualização dessas tarifas, aprovada pelo próprio Ministério da Fazenda, tem que ser sistematicamente aplicada, sob pena de se condenar a Empresa a operar com déficit, independentemente dos esforços dos trabalhadores para fazerem seu serviço.
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