quinta-feira, 7 de junho de 2018

Eleição de Vice-Presidente

transcrição de "Carta do Conselheiro" enviada por e-mail aos colegas em 07/06/2018
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Colega Ecetista,

Ontem de manhã (06/06), ao chegar à Empresa e abrir o correio eletrônico, constatei que havia sido marcada uma reunião extraordinária a ser realizada virtualmente (com votação por e-mail) até às 12h00. Na pauta, a eleição de um Vice-Presidente (VIFIC - Vice-Presidência de Finanças e Controle).

Apesar de meus protestos pela exiguidade de tempo, o que poderia comprometer a qualidade da decisão do colegiado, a reunião foi mantida e resultou na eleição, por 5 votos a 1, do Sr Guilherme Henriques de Araújo. 

O voto contrário foi meu, baseado em desconformidades que, em minha opinião, impediam que o candidato fosse eleito para o cargo.

No pouquíssimo tempo que foi dado aos conselheiros para analisar a proposta e votar, observei, na documentação acostada, que alguns requisitos estabelecidos em lei não me pareciam devidamente cumpridos, assim como que as cópias de alguns dos documentos anexados deixavam dúvidas sobre dados imprescindíveis para estabelecer o cumprimento de requisitos.

Levei em conta, também, o fato de que o candidato, formado em Direito, não possuía nenhuma experiência em Finanças, o que, em minha avaliação, também confrontava a lei, além de constituir uma razão que, por si só, inviabilizaria a eleição, já que os Correios são uma grande e complexa Empresa, o que exige que seus dirigentes sejam plenamente habilitados, com formação e experiência adequadas às áreas que dirigirão. Além disso, a Empresa dispõe, em seu quadro próprio, de diversos profissionais devidamente habilitados e com a necessária experiência para comandar a área financeira, sem contar que trata-se de uma área comum em qualquer grande organização, com muita gente qualificada e experiente no mercado, não se justificando, sob nenhum ângulo, a escolha de alguém sem esses requisitos para esse cargo.

A profissionalização da gestão, do topo à base, é uma das principais bandeiras que temos defendido desde nossa posse no CA, em 2013. Não poderíamos, portanto, concordar com a proposta que nos foi levada, que, em nossa opinião, representa a continuidade de um processo de desprofissionalização ocasionado pela captura política das posições de direção da Empresa. Nessa questão se situa, em nossa opinião, a grande causa dos problemas de toda ordem que a organização tem enfrentado nos últimos anos, inclusive e especialmente em sua gestão financeira.

Assim, com a certeza de que estávamos cumprindo à risca as leis, seguindo os melhores princípios de administração e defendendo os interesses de nossa Empresa, votamos CONTRA a eleição proposta.

Atenciosamente,

Marcos César Alves Silva  e  Carlos Alberto de Souza Barbosa
membros eleitos pelos trabalhadores para o
Conselho de Administração dos Correios.

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