Tive oportunidade de conversar nas últimas semanas com diversas colegas a respeito dos resultados da Empresa. Alguns deles me indagaram sobre a veracidade dos números que estavam sendo divulgados, em função de questionamentos feitos por representações. Aos que indagaram sobre isso, informei que tive oportunidade de assistir tanto a apresentação de uma das representações, que questionava os números oficiais, quanto a da área financeira da Empresa, e que, para mim, restou claro que havia uma série de equívocos na análise da representação.
Passado o tempo, tenho percebido que a representação continua apresentando em vários locais a mesma abordagem e sustentando a mesma linha de argumentação, apesar de ter ouvido a mesma completa e detalhada abordagem feita pela área financeira da Empresa na reunião que assisti.
É natural que as pessoas pensem diferente, mas, no caso em questão, o que está em pauta é a real situação econômica da Empresa. E nisso não pode haver dúvida.
Não tem o menor cabimento ainda cogitarem que a Empresa tem bilhões guardados no banco, como provisão, quando acabamos de aprovar em reunião do conselho o desenvolvimento de negociações com bancos para assegurar capital de giro em 2016, pois a perspectiva continua sendo de consumirmos até meados do ano toda a reserva aplicada que ainda resta.
O momento da Empresa é sério e com muita seriedade deve ser tratado por todos, incluindo as representações, que devem ser muito responsáveis ao questionar os números oficiais da Empresa, posto que esses se baseiam em escriturações contábeis efetivamente realizadas.
Ao lançar dúvida sobre os números, misturando indevidamente conceitos contábeis com econômico-financeiros, cria-se, para alguns trabalhadores, a falsa e perigosa percepção de que a situação econômica da Empresa não é tão grave assim. Mas a situação é grave e precisa ser bem compreendida por todos, para que possamos vencer bem esse momento da história.
Assim como tenho cobrado transparência e adequada comunicação da direção da Empresa, espero que as representações tenham responsabilidade e não disseminem informações sabidamente inconsistentes sobre os resultados da Empresa. Isso só desinforma os trabalhadores. E não tem cabimento isso ocorrer quando a direção da Empresa se dispõe, como presenciei, a fornecer às representações todas as informações necessárias para a compreensão da situação.
Os trabalhadores merecem informações seguras e consistentes sobre a situação da Empresa para poderem se engajar no esforço de busca de equilíbrio econômico-financeiro. E a responsabilidade de fazer isso acontecer é tanto da direção quanto das representações.
Mesmo diante de tal situação continuam levando vários colegas de todo Brasil para a AC como analista e com um salário considerável.
ResponderExcluirEstão nossos políticos dirigentes preocupado com a saúde financeira dos Correios?