Em novembro de 2015, quando foi apresentada em reunião do conselho de administração a proposta de redução temporária da remuneração da Diretoria Executiva, comentei com os demais membros do colegiado que a remuneração dos dirigentes da Empresa, em minha opinião, não estava além do praticado no mercado. Além disso, me preocupei em que ficasse bem estabelecido que a redução, se aprovada, estaria restrita à remuneração da Diretoria e dos Conselhos de Administração e Fiscal, para que a decisão não trouxesse impacto aos demais trabalhadores.
Apesar dessa opinião sobre não haver excesso na remuneração dos dirigentes, votei favoravelmente à medida proposta, de redução temporária, considerando que se tratava de um gesto proposto por uma nova gestão que chegava ao Ministério e à Empresa e que desejava sinalizar disposição em enfrentar logo o quadro financeiro crítico aqui presente.
Agora, com novas mudanças no Ministério e na Empresa, a proposta de revogação da redução nos foi apresentada, com a argumentação de que as remunerações deveriam permitir a contratação de pessoas qualificadas e experientes, o que não seria possível com as remunerações reduzidas.
Por coerência com o que falamos em novembro e por acreditarmos que a Empresa precisa contar com dirigentes tecnicamente bem qualificados para cada uma das posições da Diretoria Executiva, oriundos do quadro próprio (preferencialmente) ou do mercado, votamos favoravelmente à medida.
Acreditamos que todos os trabalhadores devam receber remuneração adequada às atividades desenvolvidas, do Carteiro ao Presidente. E, no caso específico da Diretoria Executiva, precisamos de pessoas muito competentes, para superar logo os desafios do presente que não são pequenos e que chegam a colocar em risco o próprio futuro da Empresa.
Resta agora acompanhar a escolha dos novos dirigentes, para conferir se trarão realmente para a Empresa a bagagem de conhecimento e de experiência necessária para terem êxito e levarem os Correios novamente ao equilíbrio. Se tiverem êxito, valerão para a Empresa muito mais do que a remuneração que lhes será paga.
Poderia informar se há alguma chance de que a indicação da Diretoria seja toda de Empregados de carreira pois a indicação de externos tem levado á ECT ao fundo do poço.Temos que levar ao Presidente Temer essa necessidade pois em outros Órgãos fala-=se em designar técnicos e porque não na ECT também? Qual será o crime que nós empregados de carreira cometemos para ter incompetentes "administrando" aos Correios e levando-o ao fundo do poço como ocorre há anos eim?
ResponderExcluirEdgard, temos defendido que a direção da Empresa seja tecnicamente qualificada e, preferencialmente, formada por profissionais do quadro próprio. Vamos ver o que o Governo proporá para os Correios.
ResponderExcluirEntendo seu posicionamento, Marcos, mas agora estão tirando essa diferença dos cargos mais baixos
ResponderExcluirVirev apresentou reestruturação.que vai diminuir pela metade função Reven e 30% CATs. E vão diminuir pagto de verbas de ferias pra quem vende 10 dias. Então deveríamos ser contra e não.deixar isso acontecer, pois tbem poderemos ter perda de profissionais. Mas parece que ninguém vai fazer nada sobre isso....
Marcos, bom dia.
ResponderExcluirDescordo totalmente da medida, e de sua defesa (é a 1ª vez que discordo de vc). Enquanto a empresa afunda numa realidade de péssimos resultados, sem vislumbre de reversão imediata e rápida, revertem-se decisões, que, ainda que financeiramente inexpressivas (embora tenho dúvidas), demonstraram, por algum momento, que o topo da gestão estaria disposto a “cortar na própria carne”, dando o exemplo ao corpo funcional, que carrega a empresa nas costas, e em grande parte, sem reconhecimento.
Pelo que se conhece, e você sabe muito melhor que nós, não será essa a condição a trazer executivos competentes para a ECT. Se assim fosse, não estaríamos no nível em que estamos, já que anteriormente estariam os vencimentos alinhados ao mercado. As indicações sempre foram políticas, e não nos constam que mudarão, enquanto nós assim permitirmos. Crer que salário de mercado captará executivos competentes é, a meu ver, no mínimo, ignorar uma realidade consolidada.
Sou seu eleitor, e entusiasta de suas ideias (que me parecem muito pertinentes, probas e justas – seria um presidente ideal), mas neste momento, acho que ações como a que reverteram demonstrariam junto aos empregados, num momento, como você mesmo já publicou, em que vários colegas estão sofrendo redução de rendimentos devido à reestruturação, empenho da alta direção em contribuir para reversão desse quadro deficitário e caótico, que, sinceramente, me parece não terá solução (receio que a privatização, já tão comentada, será nosso destino – e creia, há, internamente, quem a defenda). Não sou contra remuneração justa, muito pelo contrário, mas primeiro, que se mostre resultado, depois se reconhece. Lamento que corporativismo da alta cúpula continue imperando num momento tão crítico da organização.
A propósito Marcos, quanto recebem os CAs?
ResponderExcluirA remuneração dos conselheiros (CA e CF) é de 10% da remuneração mensal da Diretoria. Informações públicas no endereço (ainda com valores desatualizados, com desconto): http://www.correios.com.br/sobre-correios/acesso-a-informacao/servidores/pdf/tabela_remuneracao_dirigentes.pdf
ExcluirMoreira falou tudo e não tá prosa.
ResponderExcluirO gasto é alto sim. Estamos economizando ate copinho de cafezinho. Imagina salários dessa galera
Conheço gente boa do.mmercado que ser pagassem quinze paus mas dessem liberdade para gerenciar, sem influência política, pra reestruturar a ect, viriam sem duvida (posso passar telefone e LinkedIn)
Como tbem conheço empregados competentes e amantes da empresa que fariam o.msm por quinze paus, mas mesmas condições (posso passar matriculas deles)
Entendo sua posição, mas não concordo
Lamentável, querer justificar um retrocesso com tão pouca coerência.
ResponderExcluirAtitude assim deixa claro que foram vencidos pelo sistema sombrio que paira na empresa como um todo.
Respeito a posição dos colegas que não concordam com o retorno da remuneração da Diretoria aos patamares anteriormente fixados. Permaneço, porém, convencido de que não é reduzindo o salário da Diretoria ou de qualquer outro trabalhador, de qualquer nível, que a Empresa sairá da encruzilhada onde se encontra. Buscar saídas que representem entrada nova de receitas ou que impliquem redução significativa de despesas deveriam ser nossos principais desafios e concentrar nossa atenção. Com relação à remuneração, defendo remuneração justa e adequada para todos, da base até o topo da Empresa, sem exceções.Defendo também que a Empresa seja dirigida por pessoas tecnicamente qualificadas, que façam jus ao salário que receberão.
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