Nas próximas semanas, as direções do Postalis e dos Correios terão que aprovar o plano de equacionamento do plano BD. Muitos colegas nos têm perguntado a respeito, apesar de, em geral, saberem que não atuamos diretamente no Postalis, mas sim no conselho de administração dos Correios. Nesta matéria, procuraremos, então, comentar como enxergamos hoje a questão do equacionamento do plano BD.
O plano BD está desequilibrado, como todos sabem, demandando um aporte de recursos que, em números de 2014, chegava a cerca de R$ 5,7 bilhões, valor que terá que ser recalculado agora mantendo-se a data de referência (dez/2014), mas corrigindo-se os respectivos valores, conforme cálculos atuariais.
No montante a ser equacionado, podem ser destacadas três parcelas distintas, para melhor entender a situação do fundo (valores de 2014):
- perto de R$ 1 bilhão de ajustes atuariais, consequência normal das mudanças de parâmetros atuariais, como, por exemplo, a expectativa de vida dos participantes, a qual, felizmente, tem aumentado;
- R$ 1,086 bilhão decorrente da decisão tomada pela Empresa de não mais arcar, a partir de março/2014, com o pagamento de valor até então entendido como abrangido na RTSA - Reserva Técnica de Serviço Anterior;
- R$ 3,6 bilhão decorrente de perdas com investimentos.
Destas 3 parcelas, temos a seguinte situação:
a) despesas atuariais - são normais em qualquer fundo; não há o que fazer exceto considerá-las no cálculo de equacionamento;
b) RTSA - a Empresa continua analisando o caso, tendo em vista que todas as consultorias atuariais contratadas até hoje pelo Postalis e pela ECT convergem na opinião de que tal despesa poderia ser assumida pela Empresa, assim como que a assunção da responsabilidade desse pagamento foi decisiva para o saldamento, o qual trouxe vantagens econômicas significativas para os Correios;
c) prejuízos com investimentos - além de ações mais específicas desenvolvidas pelo Postalis para tentar recuperar alguma coisa do que foi considerado perdido, nossa expectativa é de que haja algum acordo com o BNY Mellon, que assegure um aporte mais significativo de recursos no instituto; recentemente, o Postalis anunciou também uma iniciativa de tentar vender um conjunto de ativos ruins, com o apoio da consultoria PWC (não temos ainda mais informações a esse respeito).
Preocupa-nos a aproximação da data-limite para o fechamento do plano de equacionamento (31/03), o que exigirá que a direção do Postalis aprove uma proposta nesse sentido já nas próximas semanas, de forma a possibilitar a análise e aprovação subsequente desse plano nas esferas superiores - DIREX, CA, PREVIC e DEST. Esperamos que a questão da RTSA e de recuperação de prejuízos esteja resolvida antes disso, para ainda terem impacto nos cálculos, trazendo o percentual de contribuição adicional para patamares menores que os 25,9% anunciados no ano passado (aplicado sobre o benefício proporcional saldado).
Pelo que soubemos, as simulações do percentual de contribuição adicional feitas após a edição da Resolução do CNPC nº 22/2016 indicaram um percentual em torno de 17%, para um período em torno de 23 anos. Sem a RTSA, caso a Empresa reconheça novamente sua responsabilidade por esse valor, o percentual cairia para algo em torno de 13%. E, se as negociações com o BNY Mellon alcançarem algum sucesso, esse percentual pode ficar ainda menor.
A situação do plano BD está longe de ser confortável, mas se os esforços em curso lograrem sucesso e o percentual de contribuição adicional for sensivelmente reduzido, teremos efeitos menos graves para os participantes e assistidos.
Os conselheiros eleitos para o Postalis, Angelo Donga (Conselho Fiscal) e Sérgio Bleasby (Conselho Deliberativo) certamente poderão explicar melhor o tema aos colegas que desejaram algum aprofundamento mais específico.
Pessoal.., não podemos deixar de considerar nessas iniciativas, os trabalhos importantes da CPI que poderá a título de cautelar, suspender qqr desconto dos participantes/assistidos até que os trabalhos e a relatoria torne público tudo que vem sendo apurado e traga maior conforto a todos envolvidos nos Fundos de Pensão.
ResponderExcluirPrezado, não aceitaremos outra decisão que não seja a assunção da responsabilidade pela Empresa, bem porque, a ECT esta ativa, continua no mercado, em pleno gozo de seus deveres com o governo, sociedade e seus empregados.
ResponderExcluirAgora, se pensar em algo diferente que não seja a assunção da responsabilidade, Esses empregados que estão na direção, ai estão, devem pedir para sair a que justificar seus altos salários. Está ai uma solução para os que se acham os intelectuais do Correios, baixar os salários, querem, nem pensar, mas, farão de tudo para diminuir os dos aposentados com números que não conseguem sustentar a fonte, mas os seus nuncas, como se um dia não fossem se aposentar. Abram o cérebro para pensar com o coração, dessa vida ninguém leva nada, quem fica, também não leva nada. A Empresa pensou a 21 anos atrás num plano de benefício aos empregados e a empresa continua ativa. enfim. "A vida tem por certo a Morte"
13%? Ainda é muito para o nosso bolso. Isso tem que abaixar mais, ou então, que a empresa nos dê oportunidade de escolher se queremos ou não ficar no Postalis.
ResponderExcluirDonga e Bleasby tem algum canal de comunicação? Blog, site, e-mail?
ResponderExcluirDonga - http://angelodonganopostalis.blogspot.com.br/
ResponderExcluirSérgio Bleasby - http://sergiobleasbynopostalis.blogspot.com.br/
Como os empregados podem auxiliar para acabar com esta patifaria dos comunistas na empresa?
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