Nos contatos com os colegas, intensificados neste momento de campanha eleitoral, tenho sido inquirido sobre que soluções enxergaria para o POSTALIS, a Postal Saúde e também para a própria Empresa, que se encontra economicamente desequilibrada neste momento em que as despesas teimam em ficar acima das receitas.
Nessas ocasiões, após pontuar cada uma das principais questões que impactam a Empresa e suas ligadas (POSTALIS e Postal Saúde), acabamos por chegar sempre a uma mesma conclusão: a solução está na profissionalização da gestão dessas organizações.
Pode parecer uma solução trivial, mas não é. A ECT é uma empresa estatal e, como tal, sujeita às influências do Governo Federal, que indica toda a Diretoria. Se o Governo Federal não faz boas indicações, ou se delega isso a um partido, como tem sido a praxe, e o partido não escolhe bem os dirigentes, já temos aí um problema que afetará certamente o desempenho da Empresa.
Se, além disso, se criar na Empresa, como ocorreu nos últimos anos, um ambiente de indicações políticas em série para as posições de comando até o menor nível, se degradará ainda mais o processo de gestão da organização e, consequentemente, de seus resultados.
Não há organização que resista a um forte processo de aparelhamento político-partidário e a ECT não é exceção. Se esse processo aqui instalado não for contido e revertido, será impossível equilibrar a Empresa e essa conta será paga pelos trabalhadores e pela sociedade. Não será paga pelo Governo e nem pelos partidos políticos que aqui alojaram seus indicados.
É necessário que a questão da profissionalização da gestão das estatais, dos fundos de pensão e até mesmo dos órgãos do Governo Federal (administração direta) seja colocada em primeiro plano dentre as prioridades dos brasileiros. Não dá mais para esses locais serem vistos como cabides de emprego, como oportunidades para alojar compadres, parentes e correligionários, porque esse processo acaba por destruir as próprias organizações.
A administração pública deve certamente oferecer bons empregos, tanto na administração direta quanto na indireta. Mas esses empregos devem ser ocupados por quem estudou, fez concurso e apresenta desempenho condizente com o cargo ou função onde se encontra. Qualquer coisa diferente disso é errado e precisa ser corrigido.
A conclusão, portanto, é que há uma medida que pode ser a solução para os problemas da Empresa, do POSTALIS e da Postal Saúde - ter ali gestão profissional. A influência política, que tanto tem comprometido o desempenho dessas instituições, precisa ser afastada, cada vez mais.
Marcos, sem dúvida voc caminha pelo trilho da verdade, e que isso sirva de ponte para o futuro.
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