segunda-feira, 11 de abril de 2016

POSTALIS - rombo ou roubo?

Me recordo de um ex-dirigente do POSTALIS que se incomodava quando nos referíamos aos prejuízos do instituto como "rombos". Imagino que ele preferiria "déficits", uma palavra que, muitas vezes, esconde em seu tecnicismo os verdadeiros rombos que ocorreram nos fundos de pensão brasileiros nos últimos anos, em especial no POSTALIS.
E, mais que rombos, percebemos agora que, em inúmeras situações o que houve, na verdade, foi a atuação criminosa de quadrilhas que se apoderaram das aposentadorias das pessoas para enriquecer e distribuir somas elevadíssimas para empreendimentos que não deveriam ter recebido um único centavo de ninguém, pois não resistiriam a nenhuma análise minimamente séria e nem traziam as garantias necessárias. Alguns desses empreendimentos eram claramente arapucas montadas exatamente para lesar os fundos.
Amanhã (12/04), teremos a leitura, na CPI dos Fundos de Pensão, do relatório final da Comissão, que se debruçou nos últimos meses sobre informações relacionadas a quatro fundos - POSTALIS, FUNCEF, PREVI e PETROS. 
A expectativa dos participantes e assistidos é de que o relatório da CPI permita a recuperação pelo menos parcial dos recursos indevidamente perdidos pelos fundos, assim como a punição dos criminosos que enriqueceram à custa do empobrecimento de milhares de famílias.
Para esses, não pode haver complacência nem dó. Merecem a pena máxima que a justiça puder trazer. Cadeia e confisco de bens é o mínimo que se pode esperar.

4 comentários:

  1. Como já foi dito "dinheiro roubado não some, apenas muda de mão." Agora, falta identificar em qual mão ou mãos está o dinheiro e trazê-lo de volta para os legítimos donos que somos nós aposentados, pensionistas e participantes que ainda estão na ativa.

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  2. Não precisa prender ninguém, só tirar todo dinheiro roubado por eles já basta...

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  3. A perda pode ser irrecuperável, mas a direção do POSTALIS estava lá por escolha do Presidente da ECT,ou seja às suas ordens, em última análise a ECT tem responsabilidade solidária pela própria regra vigente, não foi os funcionários que escolheram a direção. Logo em tese se houve má gestão a culpa é da ECT e de sua direção, então que pague com seu patrimônio o rombo gerado ao patrimônio que é dos funcionários.

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  4. Pedro Arantes falou com consistencia. Concordo. E aproveito para agradecê-lo e os demais colegas que por 5 meses acompanharam as reuniões da CPI dos fundos de Pensão. Alguma esperança adicional veio do relatório dessa comissão.
    Temos que recuperar o que nos pertence.

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