quinta-feira, 30 de abril de 2015

Dia do Trabalho

Neste 1º de maio, cumprimentamos os 120.000 trabalhadores dos Correios que, com seu empenho e dedicação, têm realizado a importante missão de levar o serviço postal a todos os cantos do País, contribuindo para a integração nacional e para o conforto das pessoas.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Equacionamento do fundo BD - mensagem de um trabalhador

Encaminhei hoje uma singela mensagem aos deputados, ressaltando a importância de uma CPI para os Fundos de Pensão.
Espero que esta mensagem, somada às diversas outras que os parlamentares estão recebendo sobre este tema, os motive a empreender esforços para melhorar a legislação e a fiscalização dos fundos de pensão brasileiros, para evitar que situações como a ocorrida com o fundo BD do POSTALIS voltem a acontecer. 
A mensagem pode ser lida no seguinte link.

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Novas tarifas postais

Pelo menos parte da defasagem provocada pelo engessamento das tarifas postais foi recuperado hoje, com o reajuste havido.

Importante compreender que, mesmo assim, não se recuperou o nível de tarifas que tínhamos há 3 anos, os quais, naquela ocasião, já estavam entre os menores do mundo.

A depressão artificial de tarifas de serviços públicos, por decisão do Governo Federal, como a que ocorreu com as tarifas postais, é uma das causas mais sérias dos desequilíbrios hoje presentes em diversas estatais, incluindo os Correios.

- novas tarifas: http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=41&data=09/04/2015

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Equacionamento do POSTALIS - o que fazer?

Tenho conversado com diversos colegas a respeito da questão do equacionamento do fundo BD do POSTALIS e percebido que há muitas dúvidas a respeito de que alternativas estariam à disposição dos trabalhadores para enfrentar esse grave problema.

Alguns colegas falam em pedir desligamento do fundo, outros em aderir às ações jurídicas que estão sendo montadas pelas federações, sindicatos e associações. 

Nesse quadro, me preocupa o efeito que a decisão individual de cada um terá para seu futuro. Gostaria de poder apontar um caminho mais adequado, mas me sinto incapaz de fazê-lo, especialmente porque essa decisão envolverá variáveis de cunho muito pessoal. Um colega, por exemplo, pode entender que vale a pena arcar com a contribuição extra para garantir seu benefício proporcional saldado e outro pode entender que não vale a pena colocar mais dinheiro num fundo administrado pelo POSTALIS. Por sua ótica, cada um deles tem razão.

Assim, o que posso tentar fazer aqui, sem o compromisso de exatidão, por não ser um expert no tema, é apenas compartilhar as reflexões que tenho feito, para tentar, assim, ajudar alguns a raciocinarem sobre o assunto.

- Primeiramente, registraria que acho o valor do equacionamento completamente absurdo, denotando uma situação que precisará ser esclarecida na esfera policial. Não me parece possível ter ocorrido um déficit tão grande sem o concurso de ações deliberadas para dilapidar o patrimônio do POSTALIS em benefício de outrem. Assim, apoio as ações de cobrança de atuação de órgãos de controle, do Ministério Público e da Polícia Federal, no esclarecimento do que aconteceu no POSTALIS.

- Quanto ao equacionamento em si, tenho refletido o seguinte:

a) de acordo com interessante sugestão recebida de colega, um cálculo relativamente simples que pode ser feito é indagar num fundo de previdência privada (Brasilprev etc) qual valor teria que ser aplicado naquele fundo para garantir um benefício de valor igual ao do benefício saldado (que consta no contracheque);

b) a resposta à questão anterior, que dependerá de outros fatores ligados ao perfil da pessoa, apontará certamente um valor muito superior ao que consta no contracheque como “Valor de Resgate”;

c) a diferença entre o valor que o fundo de previdência privada indicar como necessário e o valor de resgate do contracheque é, no caso de cada um, o valor que o trabalhador estaria abdicando ao sair do plano, pois só poderá resgatar, quando sair da Empresa, o “Valor do Resgate” e não o valor que seria necessário para oferecer-lhe o mesmo benefício assegurado pelo plano BD;

d) no caso de sair do plano BD, não sei precisar se o trabalhador estará desonerado de dívidas ligadas ao equacionamento, ou seja, se mesmo saindo ainda não poderia ser cobrado pelo equacionamento; formulei pergunta à Ouvidoria do Postalis a esse respeito, mas, até o momento, não recebi resposta; quando receber a resposta, postarei aqui, como comentário;

e) se permanecer no plano BD, o trabalhador continuará tendo seu “Valor do Benefício Saldado”, mas pagará a parte do valor do equacionamento que lhe for atribuída e estará sujeito aos riscos que são inerentes a fundos de pensão; 

f) no meu caso, cálculos preliminares apontaram que se saísse do plano BD teria um “Valor de Resgate” correspondente a apenas 16,4% do valor que seria necessário para me garantir um benefício equivalente ao meu “Valor do Benefício Saldado”, ou seja, ao sair, estaria abdicando de quase 84% do valor teórico necessário para assegurar complementação de aposentadoria equivalente à que me garante o BD.

Acho muito triste que tenhamos que estar diante de um problema como este – por um lado, podemos perder a maior parte do valor teórico do que achávamos assegurado, para sair do plano, e, por outro, podemos assumir um pagamento extraordinário significativo para assegurar o que já entendíamos garantido. 

Não são alternativas confortáveis para ninguém. E, por isso, compreendo também a iniciativa das representações de trabalhadores – federações, sindicatos e associações – de buscarem medidas judiciais para proteger seus representados e tentar demonstrar que os trabalhadores não tiveram responsabilidade por esse quadro instalado no POSTALIS, já que o instituto é totalmente controlado pela patrocinadora.  

Acho que todos os participantes do fundo BD perderão ainda muitas noites de sono refletindo sobre esse quadro do POSTALIS e tentando encontrar uma alternativa para sair desse imbróglio em que fomos colocados.

Que tiremos lições desse episódio para o futuro. Esse, porém, será assunto para outra postagem.

p.s. a postagem indica a opinião de um participante do fundo BD e não do conselheiro, já que o tema "previdência complementar" está entre os assuntos vedados, conforme Lei nº 12.353/10. 

Ninguém é substituível

Na sala de reunião de uma multinacional, o diretor nervoso fala com sua equipe de gestores.

Agita as mãos, mostra gráficos e, olhando nos olhos de cada um ameaça: "ninguém é insubstituível"!

A frase parece ecoar nas paredes da sala de reunião em meio ao silêncio.

Os gestores se entreolham, alguns abaixam a cabeça. Ninguém ousa falar nada.

De repente um braço se levanta e o diretor se prepara para triturar o atrevido:
- Alguma pergunta?
- Tenho sim. E Beethoven?
- Como? - o encara o diretor confuso.
- O senhor disse que ninguém é insubstituível e quem substituiu Beethoven?

Silêncio…

O funcionário fala então:
- Ouvi essa estória esses dias, contada por um profissional que conheço e achei muito pertinente falar sobre isso. Afinal as empresas falam em descobrir talentos, reter talentos, mas, no fundo continuam achando que os profissionais são peças dentro da organização e que, quando sai um, é só encontrar outro para por no lugar. Então, pergunto: quem substituiu Beethoven? Tom Jobim? Ayrton Senna? Ghandi? Frank Sinatra? Garrincha? Santos Dumont? Monteiro Lobato? Elvis Presley? Os Beatles? Jorge Amado? Pelé? Paul Newman? Tiger Woods? Albert Einstein? Picasso? Zico?

O rapaz fez uma pausa e continuou:
- Todos esses talentos que marcaram a história fazendo o que gostam e o que sabem fazer bem, ou seja, fizeram seu talento brilhar. E, portanto, mostraram que são sim, insubstituíveis. Que cada ser humano tem sua contribuição a dar e seu talento direcionado para alguma coisa. Não estaria na hora dos líderes das organizações reverem seus conceitos e começarem a pensar em como desenvolver o talento da sua equipe, em focar no brilho de seus pontos forte s e não utilizar energia em reparar seus 'erros ou deficiências'?

Nova pausa e prosseguiu:
- Acredito que ninguém se lembra e nem quer saber se Beethoven era surdo , se Picasso era instável , Caymmi preguiçoso , Kennedy egocêntrico, Elvis paranóico… O que queremos é sentir o prazer produzido pelas sinfonias, obras de arte, discursos memoráveis e melodias inesquecíveis, resultado de seus talentos. Mas cabe aos líderes de uma organização mudar o olhar sobre a equipe e voltar seus esforços, em descobrir os pontos fortes de cada membro. Fazer brilhar o talento de cada um em prol do sucesso de seu projeto.

Continuou.
- Se um gerente ou coordenador, ainda está focado em 'melhorar as fraquezas' de sua equipe, corre o risco de ser aquele tipo de técnico de futebol que barraria o Garrincha por ter as pernas tortas, ou Albert Einstein por ter notas baixas na escola, ou Beethoven por ser surdo. E na gestão dele o mundo teria perdido todos esses talentos.

Olhou a sua a volta e reparou que o Diretor, olhava para baixo pensativo. Voltou a falar.
- Seguindo este raciocínio, caso pudessem mudar o curso natural, os rios seriam retos não haveria montanha, nem lagoas nem cavernas, nem homens nem mulheres, nem sexo, nem chefes nem subordinados… Apenas peças…
E nunca me esqueço de quando o Zacarias, dos Trapalhões, que 'foi pra outras moradas'. Ao iniciar o programa seguinte, o Dedé entrou em cena e falou mais ou menos assim: "Estamos todos muito tristes com a 'partida' de nosso irmão Zacarias... E hoje, para substituí-lo, chamamos…ninguém…Pois nosso Zaca é insubstituível.” – concluiu, o rapaz e o silêncio foi total.

É possível encontrar novos funcionários para as vagas dos que saíram, novos amigos para amenizar a falta dos que estão distantes, novos amores para os corações partidos... Eles, entretanto, nunca terão a mesma essência dos que ficaram para trás.

"No mundo sempre existirão pessoas que vão te reconhecer pelo que você é...”

Desconhecemos a autoria.

Colaboração de João Vianey de Farias, da DR/RN