terça-feira, 20 de maio de 2014

700 dias sem atualização de tarifas!


No dia de hoje (20/05), completamos 700 (setecentos) dias sem atualização das tarifas dos serviços postais da área de reserva (carta, FAC, malote, telegrama etc).
Não se trata, porém, de uma data a ser comemorada, pois a ausência da atualização dessas tarifas tem provocado um efeito muito sério e perverso para os Correios.
Em 2013, os resultados da Empresa alcançaram algo próximo a um terço do que foi produzido em 2012. A ausência da atualização foi responsável por uma parte expressiva dessa redução. Para os trabalhadores, o efeito mais direto acontecerá na PLR a ser paga agora, a qual será sensivelmente reduzida.
Em 2014, os efeitos dessa falta de decisão do Governo Federal, representado pelos Ministérios das Comunicações e da Fazenda, já impediram um faturamento que se aproxima de R$ 400 milhões e, provavelmente, sepultaram de vez a chance de os Correios produzirem um resultado positivo em 2014. Teremos, após décadas de resultados positivos, provavelmente um resultado muito negativo neste ano, apesar de os volumes de negócios da empresa apontarem crescimento. E isso não terá sido provocado pelo mercado nem pela concorrência, mas sim por um visão completamente distorcida do Governo Federal, que simplesmente deixa de promover uma medida indispensável para uma estatal que trabalha com margens apertadas e que, até agora, tem honrado seus contratos e compromissos, todos devidamente reajustados de acordo com as respectivas previsões. Os Correios respeitam e cumprem o que pactuam com seus fornecedores e trabalhadores; o Governo Federal, infelizmente, descumpre as próprias normas, sob alegações que não convencem, pois o impacto macroeconômico que uma atualização tarifária dos Correios traz é insignificante. Não há que se falar aqui, portanto, em medida anti-cíclica ou coisa parecida.
Como empregado dos Correios, me sinto indignado com o tratamento que estamos recebendo do Governo Federal, nosso único acionista, e permanecerei protestando veementemente, na expectativa de que, em algum momento, percebam e corrijam o mal que estão causando à Empresa e a seus trabalhadores. 

4 comentários:

  1. Realmente essa falta de aumento prejudica nossa rentabilidade, porém o mais grave é a falta de gestão pela qual passa a empresa, colocando pessoas despreparadas para gerir uma organização de bilhões.Nas conversas de corredores, dizem que o prejuízo nos trimestre de 2014 já chega a 300 milhões e as vendas não estão sendo igual ao do ano passado.Portanto, caso a gestão da empresa não seja trocada, estaremos fadados ao fracasso.Essa é mais uma estatal do governo, a exemplo da Petrobras, a passar por sérios problemas financeiros.As medidas para solucionar os problemas são adiadas (concurso, pdv, novos serviços, etc).

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  2. Essas informações já foram repercutidas pelas grandes midias (jornais, revistas, rádio e TV)? Essa situação tem que ser conhecida pela sociedade.

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    1. Concordo!!!
      Está na hora da imprensa tomar conhecimento desse descaso. Quando o governo segurou o aumento do preço da gasolina, a imprensa noticiou o prejuizo causado à Petrobras.
      Não podemos nos calar!!!

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